A operação de venda do portfólio de crédito malparado “Côa” pelo Banco Montepio, cujo valor totaliza 233 milhões de euros. já tem propostas não vinculativas da CRC em consórcio com a Whitestar; da Bracebridge com a Finsolutia; e do consórcio Bain/Fortress com a Hipoges, que foram entregues no dia 13 de Outubro.
No entando, segundo apurou o Jornal Económico, o velho tema “CarVal” pode condicionar a escolha do comprador. Recorde-se que, tal como o Jornal Económico avançou em primeira-mão, o Banco de Portugal está a investigar uma operação de venda de crédito malparado e imóveis que o Banco Montepio fez à CarVal Investor em 2015 e que incluía um mecanismo de partilha de valor com o banco – chamado earn-out –, através do qual o comprador podia pagar um valor mais baixo à partida, havendo a possibilidade de um pagamento adicional posterior indexado à criação de valor no ativo adquirido. Foi o que aconteceu.
O caso remonta a 2015, quando o Banco Montepio assinou com a CarVal Investors um contrato de venda de dois portfólios de diferentes dimensões. O problema é que a CarVal vendeu posteriormente as duas carteiras à Arrow Global com o tradicional desconto inerente à venda de ativos stressados e, por isso, deu como expiradas as cláusulas de earn-out. O resultado foi que o Banco Montepio ficou com uma perda de 12 milhões nos dois portfólios. O BdP instaurou um processo de contraordenação ao Banco Montepio e a dois gestores da instituição.
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