Os CTT esperam receber 32,5 milhões este ano por 26,3% de sociedade dona dos seus imóveis.
Em comunicado à CMVM e “por referência à sua Estratégia de Imobiliário e, em particular, à transferência do seu portefólio imobiliário de rendimento para a CTT Imo Yield e ao Contrato de Compra e Venda de Ações (SPA) com a Sierra Investments, SGPS relativo à venda, pelos CTT, e à compra, pela Sierra e outros investidores, de uma posição acionista no SPV, tudo tal como anunciado em maior detalhe a 4 de maio de 2023”, a empresa liderada por João Bento revela que a data limite para serem cumpridas ou dispensadas as condições precedentes relativas à transação prevista no SPA foi hoje adiada para 31 de janeiro de 2024.
Isto é, a data inicial prevista para que se verificassem todas as condições para a conclusão da operação era 30 de novembro, tendo agora sido adiada até 31 de janeiro de 2024.
Adicionalmente, os CTT informam que a maioria das condições precedentes à conclusão da transação já foi integralmente cumprida, incluindo as autorizações de natureza regulamentar (envolvendo a CMVM e a Autoridade da Concorrência) e a confirmação da consolidação do SPV pelos CTT dada pelo auditor externo.
No que respeita à única condição precedente que está pendente, a qual consiste na incorporação do Portefólio de Rendimento no veículo CTT Imo Yield, os CTT dizem que “já foram realizadas as escrituras públicas de transmissão do Portefólio de Rendimento para o SPV (CTT Imo Yield) e o cumprimento relevante da condição precedente está apenas dependente do respetivo registo junto da Conservatória do Registo Predial e a comunicação à Autoridade Tributária”.
Ambas as ações estão atualmente a decorrer.
Os CTT esperam que a primeira fase da transação seja concluída antes do final de 2023 com a venda de uma participação de aproximadamente 26,3% no capital da CTT Imo Yield, o que se traduzirá num recebimento bruto pelos CTT no valor de cerca de 32,5 milhões de euros (na fase um). Os recebimentos totais, incluindo as fases um e dois (a realizar em até 12 meses após a conclusão da fase um), ascendem a cerca de 36,1 milhões de euros (26,3% de participação final).
O Portefólio de Rendimento é composto por 398 ativos com 239 mil metros quadrados de área bruta locável total com uma avaliação de transação acordada em 137,7 milhões de euros, incluindo um pagamento adicional contingente de 2,6 milhões de euros. O portefólio inclui ativos imobiliários de diversas tipologias, como retalho, logística, escritórios e outros, em localizações prime e secundárias em todo o país, estando mais de 50% do seu valor concentrado nos distritos de Lisboa e Porto.
Estes ativos imobiliários fazem parte das atuais e futuras redes logísticas e retalhistas dos CTT.
“Como resultado da diligência devida realizada no âmbito da transação, o portefólio, que estava inicialmente avaliado em 139,0 milhões de euros passou a ser avaliado em 137,7 milhões, equivalente a um ajustamento de valor de 1%”, revela a empresa.
Em 27 de novembro de 2023, os CTT procederam ao carve-in dos ativos imobiliários incluídos na primeira fase, transferindo para a CTT Imo Yield 363 ativos com uma avaliação acordada de 121,4 milhões e compreendendo 218 mil metros quadrados de área bruta locável.
A segunda fase será realizada em até 12 meses após a conclusão da primeira fase e deverá incluir os restantes 35 ativos com uma avaliação acordada de 13,7 milhões , e 21 mil metros quadrados de área bruta locável.
A transação original previa a venda de até 30,1% por um valor total (primeira e segunda fases) de cerca de 42 milhões de euros.
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