As transações imobiliárias de casas deverão estagnar em 2024. Esta é, pelo menos, uma realidade apontada por 45,8% dos portugueses (compradores, proprietários e consultores) inquiridos pela Imovendo, que acreditam que o número de transações fica igual ao ano passado. No mesmo estudo, 40,7% dos portugueses acredita que o número de transações vai descer este ano.
A maioria dos inquiridos (56,1%) assumem que em relação à compra e venda de casa, as expectativas que tinham no início do ano passado não foram cumpridas.
Em relação às taxas de juro, 67,8% dos inquiridos apontam para uma quebra, apesar de continuarem elevadas, sendo que 15,3% defendem que as mesmas não vão baixar.
Entre os indicadores que mais pesaram na hora de comprar casa no ano passado, 50% admitem que o preço da casa foi o factor que mais pesou na decisão, com 31,3% a apontarem a localização geográfica e 12,5% a condição dos imóveis.
No que toca ao preço das casas para este ano, 39,7% dos inquiridos acredita que os mesmos se vão manter, 37,9% defendem que será registado um aumento dos preços e 22,4% apostam numa descida dos valores.
Dos quase 15 mil inquiridos, metade atribui à crise económica a principal causa para o impacto no mercado imobiliário, enquanto 27,6% aponta responsabilidades às taxas de juro, 6,9% à guerra na Europa e 3,4% à queda do Governo.
Por outro lado, 37,9% dos inquiridos sentem que foram as famílias portuguesas que mais compraram casa o ano passado, enquanto 25,9% apontam os estrangeiros. Igualmente, 25,9% declaram serem investidores e apenas 5,2% jovens trabalhadores.
Um dos temas abordados neste inquérito foi a entrada em vigor do programa ‘Mais Habitaçã0’, considerado como positivo para 10,3% dos inquiridos.
Entre as três medidas mais positivas destacadas pelos inquiridos estão: simplificação dos licenciamentos 40,4%; isenção de mais-valias na venda de imóveis para pagar empréstimo 38,6%; redução de 28% para 25% da taxa especial de IRS sobre rendas 36,8%.
Em sentido inverso, os três pontos negativos que realçados pelos inquiridos foram: arrendamento forçado de casas devolutas 46,4%; limitações à subida da renda dos novos contratos 35,7%; rendas antigas atualizadas pela inflação 25%.
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