Vendas da marca Renault crescem quase 20% na Europa. Grupo mantém “ofensiva na eletrificação”

As vendas da marca Renault cresceram 9,4% globalmente em 2023 em relação ao ano anterior, com a Europa a destacar-se como o ponto forte: crescimento de 19,3% e 977.635 veículos matriculados.

Em comunicado, o grupo destaca que, no segmento de veículos comerciais ligeiros, a marca Renault mantém um desempenho superior ao da média do mercado mundial (10,4%) com um crescimento de 19,9% em 2023.

Com o “International Game Plan 2027“, dado a conhecer no ano passado, a Renault investe no crescimento da marca nos mercados fora da Europa ao lançar oito novos modelos entre 2023 e 2027.

“A Renault teve uma performance superior à do mercado europeu, que cresceu 13,9%: a marca ganhou quota de mercado e passou do 5.º para o 2.º lugar no mercado europeu de VP+VCL (Veículos de Passageiros + Veículos Comerciais Ligeiros), prosseguindo a sua política comercial baseada em propostas de valor, com as vendas a clientes particulares (retalho) a representarem um em cada dois automóveis”, detalha o grupo na nota emitida esta quarta-feira.

Na Europa, o crescimento das vendas foi impulsionado pelos mercados britânico, com uma subida de 51%, espanhol, cujas vendas aumentaram 30%, e Itália, com 37%. Fora da Europa, os mercados com mais peso foram o brasileiro, o turco e o marroquino.

No mercado francês, a Renault mantém-se como marca de eleição. Discriminando por segmento, a vendas de automóveis de passageiros subiram 18% para 277.914 unidades, no ano passado, e as de comerciais ligeiros cresceram 13% para 112.569. O Clio, considerado o automóvel mais popular em França e cujo processo de criação remonta à década de 90, foi uma das peças do ano para o grupo francês ao torna-se o modelo mais vendido (111.741 matrículas registadas em 2023 em todos os canais de venda.

Em termos de estratégia de marca, a Renault destaca no comunicado que “mantém a sua ofensiva na eletrificação”, apostando tanto em modelos híbridos como 100% elétricos.

“As importantes escolhas tecnológicas feitas pela marca revelam-se acertadas e em linha com as expectativas dos clientes: uma oferta de modelos totalmente elétricos, por um lado, e uma gama de modelos híbridos, por outro, para uma transição energética mais progressiva. A Renault acelerou, assim, o seu crescimento, com um aumento de 19,7% das vendas num ano (270.362 unidades)”, explica o grupo, acrescentando que “assumiu o 3.º lugar na Europa para os automóveis de passageiros eletrificados”.

Em termos percentuais, o volume de vendas de modelos eletrificados corresponde atualmente a 39,7% das vendas de automóveis de passageiros da Renault, acrescenta o comunicado.

No ano passado, as vendas de automóveis híbridos (HEV) cresceram 62% para 185.666 unidades. Quanto ao modelo, o Austral, o Clio e o Captur estão entre os dez automóveis híbridos mais vendidos na Europa, de acordo com a empresa fundada em 1899.

No que diz respeito às outras duas marcas do grupo – excluindo a Mobilize -, a Renault dá conta de um crescimento de 14,7%, com 658.321 unidades vendidas da marca Dacia, em “resultado da nova e forte identidade da marca Dacia, estruturada em torno dos seus quatro modelos-pilar”, e, no caso da Alpine, de uma subida de 22,1%,  nas vendas com 4.328 unidades.

No caso de Portugal, que não figura na lista dos 15 maiores mercados do grupo – liderada por França, Itália e Turquia -, o Renault Clio é um dos modelos mais populares no parque automóvel nacional.