As vendas globais e o lucro da McDonald’s ultrapassaram as previsões de Wall Street, depois da reabertura da maioria dos restaurantes apesar da empresa afirmar que tem “falta de pessoal”. A cadeia de fast-food também elevou a sua projeção para o ano fiscal de 2021, antecipando uma recuperação mais rápida do que o esperado que deverá levar ao crescimento global, segundo a “Reuters”.
As vendas nas lojas da maior cadeia de fast food do mundo aumentaram 40,5% no segundo trimestre e ultrapassaram os níveis pré-pandémicos de 2019 pelo segundo trimestre consecutivo. Os analistas esperavam um aumento de 39,81%. No entanto, as ações caíram mais de 2,5%, já que a McDonald’s ainda antecipa incertezas nos seus negócios devido a “interrupções e problemas resultantes da pandemia” em mercados ao redor do mundo, especialmente com a propagação da variante Delta.
O CEO da empresa, Chris Kempczinski, afirmou que “as pessoas estão a aventurar-se e a estabelecer novas rotinas”, mas sublinha que continua a ser “desafiador” para a Mcdonald’s encontrar pessoal suficiente para abastecer restaurantes a meio de uma “grande escassez de mão de obra nos Estados Unidos e na Europa”. Atualmente, 70% dos restaurantes da McDonald’s nos EUA estão abertos, mas Kempczinski disse esperar ter todos abertos até ao feriado do ‘dia do trabalho’, celebrado em setembro.
As cadeias de fast food resistiram com sucesso a grande parte do impacto dos confinamentos, com drive-thrus, preços competitivos e um foco nos principais itens do menu que impulsionam a procura.
Além de novos acréscimos ao seu cardápio, o salto das vendas do McDonald’s nos EUA foi impulsionado por pedidos maiores e aumentos nos preços do cardápio, o que ajudou a conter a escassez de mão de obra e custos mais elevados dos ingredientes.
As vendas comparáveis nos EUA aumentaram 25,9% em relação ao ano anterior e quase 15% em comparação a 2019. Os analistas esperavam um crescimento de 23,84% nas vendas nos EUA, de acordo com dados IBES da Refinitiv.
A receita total aumentou mais que o esperado de 57%, para 5,89 mil milhões de dólares (4,98 mil milhões de euros) nos três meses encerrados a 30 de junho, em comparação com um ano atrás, quando a McDonald’s registou uma queda de 30% devido às restrições provocadas pelo coronavírus.
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