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Venezuela: Maduro expulsa embaixador alemão por ”atos recorrentes de interferência”

O embaixador alemão Daniel Kriener anunciou que vai abandonar o país nas próximas 48 horas.
7 Março 2019, 11h04

O Governo de Nicolas Maduro anunciou que vai expulsar o embaixador alemão por ”atos recorrentes de interferência” em assuntos internos do país. Daniel Kriener tem um prazo de 48 horas para abandonar a Venezuela.

Num comunicado emitido pelo Governo, e citado pelo ”Politico”, pode se ler que ”a Venezuela considera inaceitável que um diplomata estrangeiro exerça no seu território um papel público mais próximo do que o de um líder político alinhado com a agenda conspiratória de setores extremistas da oposição venezuelana”.

A embaixada alemã já se havia pronunciado publicamente sobre a sua posição face ao conflito politico no país. Na segunda feira, a entidade twitou que Kriener esperava que o regresso de Guaidó fosse “um passo em direção a um processo político e pacífico para superar a crise venezuelana”.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha já confirmou a expulsão do diplomata na rede social, argumentando ser uma ”decisão incompreensível”.

“Daniel Kriener foi declarado persona non grata. Atualmente, estamos a coordenar os nossos próximos passos, também com nossos parceiros locais”, lê-se na publicação.

Kriener é um dos vários embaixadores e diplomatas europeus que reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e fez parte do grupo de figuras que recebeu o autoproclamado no aeroporto de Caracas, na segunda feira, quando este regressou de uma tourne pela América Latina.

Guaidó declarou-se presidente interino da Venezuela a 23 de janeiro, numa tentativa de expulsar Maduro. Guaidó tem vindo a insistir que a reeleição de Maduro, no ano passado, foi manipulada e que, portanto, não havia nenhum presidente democraticamente eleito.

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