Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) considera que o Governo da Venezuela tem intensificado os seus esforços para silenciar os protestos que têm existido no país e também as ações repressivas.
O documento acusa as autoridades venezuelanas de tomarem ações no sentido de “desmantelar e desmobilizar” a oposição e de “inibir a divulgação de informações independentes e opiniões críticas”, salienta a Reuters.
“Estamos a assistir a uma intensificação da máquina repressiva do Estado, em resposta ao que este considera como pontos de vista críticos, oposição ou dissidência”, disse a presidente da missão de averiguação da ONU, Marta Valinas.
A Reuters refere que cerca de 25 pessoas já foram mortas em protestos após as eleições da Venezuela, para além das 2.400 detenções. Apesar das autoridades eleitorais terem considerado que Nicolás Maduro venceu, a oposição contesta e diz que o vencedor foi Edmundo Gonzalez.
Edmundo Gonzalez acabou por sair da Venezuela, tendo pedido asilo político em Espanha, algo que acabou por se concretizar em setembro.
O relatório da ONU acusa as autoridades públicas venezuelanas de terem “abandonado qualquer aparência de independência” e de se terem submetido ao executivo, salientando ainda que a repressão que tem existido às manifestações gerou um clima de medo na população.
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