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Ventura revela que confinamento geral deverá ser imposto por volta de dia 15 de janeiro. Restauração deve encerrar

O presidente e deputado único do Chega falou à comunicação social após o encontro com António Costa e disse que o novo confinamento geral deverá entrar em vigor por “volta de 15 de janeiro”
  • Mário Cruz/Lusa
9 Janeiro 2021, 12h33

Parece cada vez mais provável que o Governo anuncie um novo confinamento geral a partir da próxima semana, devendo as novas medidas entrar em vigor na próxima sexta-feira, 15 de janeiro, o que deverá incluir o encerramento da restauração. As medidas ainda não estão definidas, devendo haver “equivalência” com o que aconteceu em março, disse André Ventura, este sábado, depois de uma reunião com o primeiro-ministro.

O presidente e deputado único do Chega falou à comunicação social após o encontro com António Costa e disse que o novo confinamento geral deverá entrar em vigor por “volta de 15 de janeiro”, depois do debate parlamentar, marcado para dia 13.

Depois da reunião com o primeiro-ministro, André Ventura ficou com a “sensação” de que a restauração vai encerrar, estando ainda o Executivo com dúvidas sobre que medidas aplicar ao pequeno comércio.

“Em relação à restauração, parece que os cafés e os restaurantes vão encerrar. Em relação ao pequeno comércio. Aquele tipo de atividade que se manteve em março, vai manter-se aberto. Em relação ao pequeno comércio há dúvidas e o Governo está a analisar”, vincou o deputado único do Chega.

André Ventura vincou durante a conferência de imprensa que “um dos pontos que nos separa [face ao Governo] é o encerramento total da restauração, dos cafés e do pequeno comércio”.

“Consideramos ser demasiado arriscado fazer isso sem termos todos os dados que nos possam dizer que os restaurantes, os cafés e o pequeno comércio são focos de contágio. A nossa dúvida é se são esses os focos de contágio ou se estamos a fazer estes sectores pagar por outros focos de contágio. Estamos a falar de milhares de empregos, estamos a falar de um sector que já estava desgastado”, explicou o deputado do Chega.

André Ventura explicou ainda que todas as atividades que têm protocolos para mitigar o risco de contágio deverão manter-se abertos, o que inclui dentistas e outras clínicas.  “Onde há protocolos de saúde pública, ficámos com a ideia de que se manter”, adiantou.

Em relação aos eventos culturais, desportivos e stands de automóveis, André Ventura disse não ter resposta.

O presidente do Chega frisou que “qualquer decisão terá impacto na vida portuguesa” e reconheceu que “não é fácil”. Ainda assim, fez questão de referir que, apesar de “estar em cima da mesa um confinamento geral, como o de março”, as circunstâncias “já não são iguais”.

“As medidas restritivas estão a desgastar, as pessoas estão um pouco cansadas e há um certo alheamento face a elas”, salientou o líder do Chega.

André Ventura acredita que o aumento do número de casos de Covid-19 confirmados se deveu a “uma ilusão” sobre a vacinação de que iria “resolver o problema imediatamente” e culpou o Governo por não se ter preparado para a segunda vaga do vírus durante o verão.

Sobre o adiamento das eleições presidenciais, o candidato a Presidente da República voltou a dizer que “juridicamente” não será possível, porque obrigaria a uma revisão constitucional para a qual não há tempo. No entanto, revelou que vai alterar o “modelo” da sua campanha porque, havendo confinamento, com as pessoas em casa, “não faz sentido fazer coisas na rua”.

 

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