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Ventura tenta “golpe de sorte” à imagem de Jean-Marie Le Pen

Passagem à segunda volta é um “bónus” que pode estar ao alcance do líder do Chega. Apesar dos escândalos que minam o partido, Ventura parte para a o desafio “quase a 100%”.
2 Março 2025, 13h00

Até às eleições presidenciais de 2026, ainda muita água passará debaixo da ponte – à cabeça, as autárquicas deste ano – , mas a possibilidade de o líder do Chega vir a disputar na corrida a Belém uma segunda volta com o almirante Gouveia e Melo é um cenário que se começa a desenhar, admitem politólogos ouvidos pelo Jornal Económico (JE).

Seria um “bónus adicional” para André Ventura nesta segunda tentativa de suceder a Marcelo Rebelo de Sousa e “um abalo muito forte para o sistema partidário de Portugal”, assinala André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Não é o desfecho mais certo, acautela o politólogo, mas é uma hipótese que ganha força tendo em conta, por um lado, a fragmentação à esquerda (no PS há pelo dois nomes a demonstrar querer avançar – António Vitorino e António José Seguro), por outro, os “sinais de fraqueza” de Marques Mendes, nome que não deixou nem o próprio eleitorado do PSD “particularmente entusiasmado”.

Conseguindo a proeza de passar à segunda volta, Ventura será depois “esmagado” por Gouveia e Melo, não tem dúvidas André Azevedo Alves, mas só o facto de lá chegar seria “um marco importante” e uma derrota “humilhante” para PS e PSD.

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