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Veolia Portugal chega a acordo para compra de 100% do capital da Ambitrevo

Num comunicado enviado à agência Lusa, a Veolia refere que a concretização da operação – cujo valor não foi divulgado – está ainda sujeita à verificação de algumas condições, nomeadamente a aprovação da Autoridade da Concorrência.
4 Julho 2024, 17h46

A Veolia Portugal anunciou hoje ter chegado a acordo com a Ambitrevo – Soluções Agrícolas e Ambientais para a aquisição de 100% do capital da empresa, complementando o seu portefólio com novas soluções de circularidade de resíduos orgânicos.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a Veolia refere que a concretização da operação – cujo valor não foi divulgado – está ainda sujeita à verificação de algumas condições, nomeadamente a aprovação da Autoridade da Concorrência.

Segundo salienta, a aquisição da Ambitrevo está alinhada com o programa estratégico da Veolia para o período 2024-2027 (GreenUp 24-27) e permitirá à gestora de água, resíduos e energia “complementar o seu portefólio de serviços ambientais para a transformação ecológica com novas soluções de circularidade de resíduos orgânicos”.

A Ambitrevo atua há mais de uma década na área da gestão de resíduos orgânicos, nomeadamente através da valorização agrícola sustentável de fertilizantes e corretivos orgânicos para a agricultura, com uma marca própria, o Nutrifolium.

Em Coruche, construiu em 2010 o Centro Integrado de Valorização Orgânica (CIVO), uma unidade de compostagem apontada como sendo “de referência em Portugal” e onde são rececionados resíduos orgânicos não perigosos para incorporação no processo de compostagem.

“É com grande satisfação que encerramos o primeiro semestre do nosso novo programa estratégico 24-27 mais próximos daquele que é o nosso propósito e ambição: acelerar a implementação de soluções para despoluir, descarbonizar e regenerar recursos essenciais”, afirma o presidente executivo (CEO) da Veolia Portugal, citado no comunicado.

De acordo com José Melo Bandeira, o acordo agora alcançado com a Ambitrevo coloca a empresa numa área que considera “estratégica para Portugal: a valorização de resíduos orgânicos”.

No passado mês de junho, em entrevista à Lusa dias após a conclusão da compra da produtora de plástico reciclado de alta qualidade Micronipol, o CEO da Veolia Portugal tinha já avançado que a empresa tinha vários outros processos de aquisição “em curso”, no âmbito do investimento anual previsto até 2027 de 50 milhões de euros em aquisições e ativos próprios.

“Esperamos ainda poder vir a fazer mais algumas operações este ano, talvez também na área das águas”, referiu.

O objetivo, salientou na altura, é fazer da Veolia “o primeiro operador em Portugal, com uma oferta totalmente integrada e capaz de oferecer o tratamento até dos resíduos mais difíceis, com uma contribuição relevante para o plano de descarbonização nacional”.

Neste âmbito, a empresa prevê duplicar a faturação até 2027, dos atuais 130 para 240 milhões de euros.

De acordo com o responsável, para o grupo Veolia – uma multinacional de origem francesa –“Portugal é visto como uma oportunidade – à sua escala, mas uma oportunidade – onde tem feito um investimento já forte no passado e que quer continuar a fazer no presente”.

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