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Vermelho ou verde? Tarifas de Trump deixam mercados desorientados

Nos mercados europeus os índices italiano e espanhol passaram do vermelho ao verde entre o início e o final da sessão. Mas a bolsa portuguesa manteve-se durante o dia no vermelho. Wall Street iniciou o dia no vermelho, passou ao verde e assim se manteve até ao fecho da sessão.
15 Julho 2025, 07h00

Vermelho, vermelho, e mais vermelho. Este bem que poderia ter sido o título que caracterizou os mercados na segunda-feira por via das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no fim-de-semana, que incluíram uma tarifa de 30% à União Europeia a partir de 1 de agosto.

Mas a história nos mercados acabou por não ser essa. Isto porque entre as principais bolsas europeias houve recuperações com os índices espanhol e italiano a conseguirem passar do vermelho ao verde entre o início e o final da sessão o que ajudou a atenuar as perdas vivenciadas durante o dia em território europeu. Wall Street começou o dia no vermelho e terminou a sessão no verde.

Apesar destas boas novas a bolsa portuguesa não conseguiu recuperar das perdas do início da sessão. O PSI fechou no vermelho com uma quebra de 0,25% para os 7,707.65 pontos.

As maiores quebras foram para os CTT que desceram 1,76% para os 7,80 euros, seguida pela Galp Energia que deslizou 0,94% para os 16,30 euros, e a NOS que quebrou 0,92% para os 3,79 euros.

No vermelho estiveram ainda a Mota-Engil, a Navigator, a Ibersol, a Sonae, a EDP Renováveis, a Altri, e a Jerónimo Martins.

A negociar no verde ficaram a REN que subiu 0,49% para os 3,09 euros, seguida pelo Banco Comercial Português (BCP) que valorizou 0,33% para os 0,66 euros, e a Corticeira Amorim que subiu 0,25% para os oito euros.

No verde ficou ainda a EDP.

Nas principais bolsas europeias entre o início e o fim da sessão o sentimento passou de vermelho a misto. O DAX (Alemanha) caiu 0,28%, o CAC 40 (França) quebrou 0,27%, e o FTSE 100 (Reino Unido) valorizou 0,65%. O AEX (Países Baixos) desceu 0,11%, o IBEX 35 (Espanha) valorizou 0,30%, e o FTSE MIB (Itália) subiu 0,29%.

Por Wall Street as coisas iniciaram-se no vermelho. O S&P 500 caiu 0,15%, o Nasdaq quebrou 0,13%, e o Dow Jones desvalorizou 0,11%.

Durante a sessão nas big tech a Apple chegou a cair 1,28%. No setor dos semicondutores assinalou-se as quedas da AMD (-1,63%) e a Qualcomm (-1,82%). As energéticas sentiram também o impacto das quedas com a Exxon Mobil a determinada altura a cair 1,59% e a Chevron a descer 1,69%.

Mas houve quem tivesse tido ganhos durante a sessão em Wall Street. Nesse lote incluíram-se cotadas como a Netflix (1,55%), a Palantir (2,2%), a Airbnb (1,94%), a tecnológica Fortinet (3,46%). Na área aeroespacial e da defesa destacaram-se as subidas da Axon (2,61%) e da Howmet (2,43%). A Paypal chegou a valorizar durante a sessão 3,76%.

No final do dia Wall Street acabou por fechar a sessão com o S&P 500 a subir 0,14%, o Nasdaq a valorizar 0,27%, e o Dow Jones a subir 0,20%.

Nas matérias-primas o petróleo passou do verde a vermelho. No fecho dos mercados europeus o brent caia 1,32%, para os 69,43 dólares e o crude descia 1,59% para os 67,36 dólares.

No mercado cambial o euro valorizava 0,01%, face ao dólar, para os 1,16954 dólares e o euro subia 0,29%, face à libra, para as 0,86905 libras.

A bitcoin foi um ativo que negociou no verde chegando mesmo a atingir um novo máximo, como salientou a BA&N, nos 120 mil dólares. No fecho dos mercados europeus a criptomoeda estava com uma valorização de 0,70%  para os 119.813,80 dólares. Refira-se que na semana passada a bitcoin tinha atingido novos máximos na semana passada ao transacionar acima dos 117 mil dólares.

Research alerta para incerteza até agosto

A research da BA&N salientava que apesar dos Estados Unidos terem anunciado uma tarifa de 30% à União Europeia o governante norte-americano “deixou a porta aberta a tarifas mais baixas e os responsáveis europeus mantêm confiança na via das negociações”, pelo que a “incerteza deverá persistir” até à nova data-limite de 1 de agosto.

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