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Vice-almirante e vacinação contra a Covid-19 em Portugal destacadas no “New York Times”

O jornal norte-americano recorda que muitos países ocidentais têm verificado uma estagnação das taxas de vacinação, ao contrário de Portugal, explica, onde a entrada em cena dos militares e do vice-almirante Gouveia e Melo mudou o rumo da campanha contra a Covid-19.
  • Manuel de Almeida/Lusa
1 Outubro 2021, 19h01

O programa de vacinação português contra a Covid-19 e o seu responsável máximo pela task-force, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, estão em destaque na edição desta sexta-feira do “New York Times” (NYT). O jornal norte-americano realça o sucesso da campanha de inoculação nacional e a importância da task-force constituída para lidar com a questão, lembrando que muitos países ocidentais estarão de olhos colocados no país, de forma a perceber como pode evoluir a situação sanitária depois de ser atingida a imunidade de grupo através da vacinação.

O NYT aproveitou o dia em que foram levantadas a maioria das restrições decorrentes da pandemia para destacar a comunicação e postura do vice-almirante, considerando chave o seu distanciamento da esfera política para o sucesso da campanha de vacinação. Lembrando a gravidade da situação pandémica no início deste ano, quando se registaram quase dois mil óbitos com a doença numa semana, o jornal argumenta que a entrada em cena dos militares foi determinante para atingir a taxa de 86% da população vacinada.

Ao contrário de outros países em que as comparações com um cenário de guerra perderam eficácia por serem feitas por personalidades políticas, explica o NYT o discurso de Gouveia e Melo ajudou a contrariar os medos de parte da população que se opôs inicialmente à inoculação em massa.

Apesar de haver ainda preocupações quanto à duração da proteção conferida por estes fármacos e à possibilidade de novas variantes conseguirem iludir os anticorpos que geram, Portugal será, assim, um caso de estudo para os países onde a campanha de inoculação parece começar a estagnar, o que acontece frequentemente com mais de 20% da população elegível ainda por vacinar, dificultando a imunidade de grupo.

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