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ViniPortugal aponta Dinamarca e México como os novos alvos

A instituição continuará a centrar a atuação nos Estados Unidos, Canadá, China e Brasil. Está previsto um investimento de 14 milhões de euros na promoção internacional dos vinhos portugueses em 2019.
23 Dezembro 2018, 15h00

A estratégia de promoção dos vinhos portugueses no exterior para 2019 vai passar a contemplar os mercados da Dinamarca e do México, mas continua a apostar nos consumidores dos Estados Unidos da América, Canadá, China e Brasil.

Destes mercados, os Estados Unidos já são um dos principais destinos de exportação nacional, a par de França. Por seu turno, o Brasil é o mercado onde os vinhos portugueses mais cresceram em valor no último ano. Com este desempenho, Portugal já é 9º maior exportador de vinhos a nível mundial.

“A fileira do vinho de Portugal irá em 2019 investir 14 milhões de euros na promoção internacional, cabendo à ViniPortugal cerca de 6,5 milhões de euros, dos quais 60% deste valor a ser destinado aos quatro principais mercados desta estratégia – Estados Unidos da América, Canadá, China e Brasil”, explica um comunicado recente da ViniPortugal.

O mesmo documento adianta que “a integração da Dinamarca e do México no plano de acção para o próximo ano, elevando para 16 mercados estratégicos, e a aposta crescente em eventos para consumidores para dar a conhecer a qualidade e diversidade dos vinhos portugueses são as grandes novidades do Plano Sectorial de Marketing e Promoção para 2019 da ViniPortugal, que tem a chancela ‘Wines of Portugal’”.

Para Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, “as apostas da estratégia de promoção para o próximo ano espelham uma ambição clara em levar a chancela ‘Wines of Portugal’ a um número cada vez mais crescente de destinos de exportação”.

“Entendemos que, para além dos Estados Unidos, Canadá, China e Brasil, que estão no topo do nosso investimento pelo crescimento que temos vindo a conquistar de forma consistente, é estratégico explorar outras oportunidades para darmos seguimento à estratégia de diversificação de mercados. É nesse contexto que em 2019 vamos apostar na Dinamarca e no México, dando seguimento ao bom acolhimento que os vinhos portugueses têm tido nestes territórios”, revela o presidente da ViniPortugal.

Relativamente ao aumento do número de acções dirigidas a consumidores, o presidente da ViniPortugal afirma ser um passo que decorre da evolução sustentada nos mercados prioritários. “Ao atingirmos uma distribuição consistente em mercados relevantes, como é o caso dos Estados Unidos, do Canadá e do Brasil, estamos em condições de dar um novo passo e levar o vinho até ao consumidor final. Em 2019, vamos apostar mais neste tipo de iniciativas, que dão notoriedade à marca ‘Wines of Portugal’, e reduzir um pouco as acções para profissionais em alguns mercados”, afirma Jorge Monteiro.

A dinamização de eventos B2B (’business to business’ ou empresa a empresa), com reuniões ‘one-to-one’ (um para um) de angariação de importação, visitas de comitivas de mercados estratégicos, a participação em feiras para profissionais, como a ProWein (Alemanha), Feira APAS (Brasil), Chengdu Spring Fair e ProWein Xangai (China) e Vinexpo (França), e a realização de 22 Provas ‘Vinhos de Portugal’ nos Estados Unidos, Brasil, Angola, Canadá, China, Japão, Noruega, Coreia do Sul, Suíça, Rússia, Reino Unido, Alemanha, Polónia e Dinamarca são iniciativas em destaque no Plano Setorial de Marketing e de Promoção da ViniPortugal para o próximo ano.

A instituição presidida por Jorge Monteiro destaca ainda “o reforço da aposta na educação e formação, com academias de formação e jantares vínicos dedicados aos vinhos nacionais para profissionais nos Estados Unidos, Brasil, Angola, Canadá, Japão, Noruega, Suíça, Rússia, ações de relações públicas, assessoria de imprensa e comunicação digital são outras apostas da ViniPortugal”.

De acordo com os dados apresentados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) no Fórum Anual dos Vinhos Portugueses, realizado na passada quinta-feira, dia 29 de novembro em Coimbra, “as exportações dos vinhos portugueses cresceram 4% em volume e 5% em valor e tiveram um aumento de 1,3% no preço médio em 2018 face ao ano passado (dados apurados até setembro de 2018)”.

“França, Estados Unidos e Reino Unido são os três principais destinos de exportação dos vinhos portugueses, representando 33% do vinho exportado. A liderança é ocupada pela França, com um crescimento de 12,9% em volume e de 7,8% em valor em 2018 das exportações nacionais face ao ano transacto”, sublinha a ViniPortugal.

A instituição liderada por Jorge Monteiro considera que, “apesar de ficar fora do pódio, o Brasil é um mercado em evidência, com os vinhos portugueses a terem um desempenho muito positivo, com um crescimento de 19,8% em valor e um aumento de 11,2% no preço médio em 2018 face a 2017, o que consubstancia a melhor ‘performance’ no ‘top-10’ dos principais mercados de destino dos vinhos portugueses, que inclui ainda países como Alemanha, Canadá, Bélgica, Países Baixos, Angola e Suíça”, acrescentando que, em conjunto, “estes mercados representam 72% da exportação nacional”.

“Nota final para o desempenho no mercado da Alemanha, com um crescimento de 14% em volume e de 10,7% em valor, e na Suíça, com um crescimento de 7,2% em volume e de 9,4% em valor, que espelham a aposta sustentada na promoção da marca ‘Wines of Portugal’ junto destes mercados”, salienta a ViniPortugal.

“Os dados revelados, com particular ênfase para os crescimentos interessantes registados no Canadá e no Brasil, mostram que Portugal continua no bom caminho para ser reconhecido como um actor importante do comércio tradicional, com uma qualidade sustentável e consistente. Acreditamos que será possível fechar o ano de 2018 atingindo o patamar de 830 milhões de euros nas exportações, que nos deixa lançados para atingir a nossa ambição de chegar aos mil milhões de euros em 2022”, prevê Jorge Monteiro.

O presidente da ViniPortugal assinala que “o nosso país encontra-se no 9.º lugar no ‘ranking’ mundial, atrás da Nova Zelândia e estando à frente de países como África do Sul e Argentina”.

“Importa continuar a trilhar este caminho, consolidando nos mercados onde temos crescido de forma visível ao longo dos últimos anos e apostando em novos mercados, com uma postura competitiva e profissional. A diversificação de mercados tem de continuar a ser uma prioridade para os vinhos portugueses. Temos de sair da ch0amada “zona de conforto” e alocar tempo, energia e recursos para ser bem-sucedidos em mercados mais exigentes”, conclui Jorge Monteiro.

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