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Vírus gripa Wall Street

Apesar do tema do vírus não estar directamente relacionado com os mercados, é um tópico importante para os investidores.
22 Janeiro 2020, 10h33

Depois do feriado relativo a Martin Luther King Jr., as praças norte-americanas abriram terça-feira sem grande entusiasmo, com os índices a cederem algum terreno na ausência de notícias positivas relevantes e depois de uma semana que rendeu ganhos de quase 2%.

No entanto, o pessimismo durou pouco tempo e por volta da hora do almoço o mercado já estava a negociar muito perto do inalterado, com o Nasdaq a conseguir mesmo averbar uma subida muito ligeira. Mas o dia estava destinado a não ser dos Touros e a notícia do Center for Disease Control and Prevention de que o primeiro caso do coronavírus, que já causou vitimas na China, tinha sido detectado nos EUA, foi o suficiente para que os índices corrigissem para os valores de abertura, onde acabariam por encerrar.

Apesar do tema do vírus não estar directamente relacionado com os mercados, é um tópico importante para os investidores, especialmente em casos como este em que ainda existe um elevado desconhecimento sobre o mesmo – nomeadamente a forma de propagação do vírus, o que num caso extremo poderá levar a um “proteccionismo forçado”, com os países a apertarem as condições de controlo da chegada de passageiros nos aeroportos, limitando a livre circulação de pessoas.

Não é o caso, e poderá nunca o ser, hoje a Organização Mundial de Saúde irá revelar se declara o vírus como uma ameaça de saúde pública internacional, mas o facto de já existirem nove vítimas mortais do vírus na China levou ao pico de apreensão, que no empurrou os Touros para fora da linha de jogo.

Em termos de sectores, as empresas de aviação foram naturalmente as mais prejudicadas dada a possibilidade de um abrandamento do tráfego internacional. No sector do jogo, casinos e hotéis, as cadeias com operações na China como a Las Vegas Sands Corp e a Wynn Resorts também foram vergadas a desvalorizações dos seus títulos que excederam os -5% de queda, isto a escassos três dias do novo ano chinês, o principal período festivo na segunda maior economia do mundo e que poderá gerar 3 biliões de viagens dentro da China.

O gráfico de hoje é da Wynn, o time-frame é diário.

 

 

Os títulos da gigante do turismo e do jogo, corrigiram ontem fortemente e poderão ir fechar o GAP (linhas laranja) aberto em meados de Dezembro.

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