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Vítor Bento diz que o crescimento económico vai desacelerar na próxima década

O economista lembrou a instabilidade fiscal e os impostos especiais sobre lucros que “estão a desincentivar a acumulação de capital e o investimento e nós precisamos de aumentar o capital para aumentar a produtividade, logo essa política não favorece o aumento de salários. Essa hostilidade ao capital é a promoção da política de salários baixos”.
16 Dezembro 2018, 02h42

O economista Vítor Bento em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios diz que “o crescimento vai desacelerar, pela exaustão de recursos (estamos a atingir o pleno emprego) e porque seria necessário um aumento do investimento e do crescimento da produtividade, que não vai acontecer”. Na próxima década, segundo Vítor Bento, Portugal deverá crescer em média 1,5%.

O economista considera ainda que “a retórica anticapitalista também não ajuda ao crescimento”. Aliás, adianta que “a hostilidade aos lucros elevados, favorece a existência de salários baixos”.

O economista lembrou a instabilidade fiscal e os impostos especiais sobre lucros que “estão a desincentivar a acumulação de capital e o investimento e nós precisamos de aumentar o capital para aumentar a produtividade, logo essa política não favorece o aumento de salários. Essa hostilidade ao capital é a promoção da política de salários baixos”.

“Portugal beneficia de uma situação de taxas de juro muito baixas mas se esticarmos a corda vamos acabar num resgate”, alerta Vítor Bento.

O economista considera que refere que “a deterioração dos serviços públicos é resultado de opções que têm sido tomadas por este Governo, ao longo desta legislatura, na afetação dos escassos recursos e não de um passado que o governo insiste em referir”.

“Não faz sentido o Governo continuar a culpar o passado”, defende. Aliás, considera que “um Governo que esgota a legislatura a reclamar irresponsabilidade, não pode apelar ao voto”.

 

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