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“Vive na desinformação”: Zelensky responde a alegação de Trump de que a Ucrânia causou a guerra

A resposta do líder ucraniano aconteceu esta quarta-feira em resposta às alegações de Donald Trump de que teria sido a Ucrânia a fomentar a guerra com os vizinhos russos.
19 Fevereiro 2025, 12h48

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Donald Trump de viver num “espaço e num círculo de desinformação” e desafiou o líder norte-americano a respeitar a verdade relativamente às causas da invasão russa do seu país.

A resposta do líder ucraniano aconteceu esta quarta-feira em resposta às alegações de Donald Trump de que teria sido a Ucrânia a fomentar a guerra com os vizinhos russos.

“Gostaria de ver mais verdade na equipa de Trump”, disse Zelensky a repórteres em Kiev, numa sessão de esclarecimento sobre o posicionamento ucraniano face às negociações entre EUA e Rússia que excluíram autoridades da Ucrânia da mesa de negociação

Na terça-feira, Donald Trump descreveu as conversações com Moscovo como “muito boas” e criticou o homólogo ucraniano, insinuando que Zelensky é responsável pela guerra que começou com a invasão russa em fevereiro de 2022.

O Presidente norte-americano, questionado pelos jornalistas na residência de Mar-a-Lago, no estado da Florida, criticou Zelensky, que disse que as conversações russo-americanas realizadas na terça-feira na Arábia Saudita foram contactos “sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”.

“Estou muito desiludido” com estas observações, respondeu Donald Trump, antes de ter acusado Zelensky de ter iniciado o conflito na Ucrânia.

“Hoje ouvi dizer ‘não fomos convidados’. Bem, vocês [Ucrânia] estão lá há três anos. Deviam ter acabado com isto há três anos. Nunca o deviam ter começado”, disse Trump sobre o conflito na Ucrânia.

Entretanto, a Presidência da Rússia disse que as conversações com os Estados Unidos em Riade constituíram um passo importante para a resolução do conflito na Ucrânia.

“Foi dado um passo muito, muito importante no sentido de se criarem as condições para uma resolução pacífica”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pelas agências russas.

“Ambas as partes mostraram a vontade política necessária, ou seja, a Rússia e os Estados Unidos”, acrescentou Peskov.

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