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Volkswagen pondera fechar fábricas e cortar empregos na Alemanha

Pela primeira vez em 87 anos, a fabricante automóvel alemã planeia voltar atrás na promessa de não cortar postos de trabalho na Alemanha até 2029.
3 Setembro 2024, 09h22

Pela primeira vez em 87 anos, a Volkswagen está a ponderar encerrar fábricas na Alemanha e até fazer despedimentos. A fabricante automóvel com sede em Wolfsburg planeia voltar atrás na promessa de não cortar postos de trabalho na Alemanha até 2029, avança esta terça-feira o jornal britânico “Financial Times”.

A medida surge depois de um programa de poupança, lançado no ano passado, só ter conseguido cortar nas despesas gerais através de pacotes de reforma antecipada para os trabalhadores e acordos de despedimento voluntário. Logo, acabou por ficar aquém em vários milhares de milhões de euros.

O CEO do grupo Volkswagen considera que a indústria automóvel europeia está numa “situação muito séria”. “O ambiente económico tornou-se ainda mais difícil e novos concorrentes estão a entrar no mercado europeu. Neste ambiente, nós, como empresa, devemos agora agir de forma decisiva”, disse Oliver Ingo Blume.

Em causa está uma procura por veículos elétricos inferior ao previsto na Europa e o aumento da quota de mercado na China, de acordo com o matutino.

No primeiro semestre deste ano, os registos de automóveis novos na União Europeia aumentaram 4,5%, o que corresponde a quase 5,7 milhões de unidades, mas não chegaram os níveis pré-pandemia, de acordo com os dados mais recentes da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

Paralelamente, o dia será marcado pelo julgamento do ex-CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, no âmbito do escândalo ‘Dieselgate’, que está relacionado com as técnicas fraudulentas utilizadas pela marca de carros, entre 2009 e 2015, para reduzir as emissões de gases nalguns motores a gasóleo e a gasolina durante as avaliações dos reguladores.

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