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Volume de negócios nos serviços caiu 12,7% nos primeiros três meses do ano

O volume de negócios nos serviços recuou no primeiro trimestre, apesar de se registar já um ligeiro aumento em março. No entanto, a análise homóloga dos valores de março deste ano compara com o mês da chegada da Covid-19 a Portugal, o que afetou consideravelmente a atividade económica na segunda metade do mês em 2020.
11 Maio 2021, 11h41

O primeiro trimestre de 2021 registou uma diminuição homóloga de 12,7% no que respeita ao volume de negócios nos serviços, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em março, este indicador representa uma variação homóloga de 0,7% e um aumento de 20,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês anterior.

A publicação do INE detalha que os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas apresentaram variações homólogas de -9,0%, -5,9% e -14,6%, respetivamente. Em termos mensais, estas variações foram de -9,6%, -7,4% e -25,0%, respetivamente, isto comparando com fevereiro.

Importa referir que a análise homóloga compara com um mês marcado já pela chegada da pandemia e subsequentes medidas restritivas, o que influenciou a atividade económica na segunda metade de março de 2020.

Este resultado referente ao volume de negócios foi atingido com o contributo de 4,4 p.p. do comércio por grosso, que aumentou 7,6% em março (4,3% em termos homólogos) e de 0,7 p.p. das atividades de informação e comunicação, que experienciaram um aumento de 10,2%.

Adicionalmente, a rubrica de alojamento, restauração e similares teve um contributo substancialmente menos negativo do que nos mês anterior, passando de uma quebra de 67,6% em fevereiro para 30,9% em março. Ainda assim, esta continua a ser a categoria com um peso mais negativo para o indicador. A quebra de 11,9% na rubrica de transportes e armazenagem também impactou negativamente o resultado final em 1,6 p.p.

Já no que respeita ao emprego, este recuou 9,0% em termos homólogos em março, um resultado que cai para os 0,2% numa análise em cadeia. As remunerações também apresentaram uma taxa homóloga negativa, com uma quebra de 5,9%, mas a variação mensal é positiva, tendo aumentado 1,8% em relação a fevereiro.

As horas trabalhadas também registaram uma variação homóloga negativa, tendo o indicador de março ficado 14,6% abaixo do verificado no ano anterior, mas o resultado agora conhecido representa um aumento de 6,5% em relação a fevereiro.

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