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Von der Leyen quer nova norma para tornar transição climática irreversível

Para quem está sempre a pensar no custo das medidas que serão implantadas, Ursula von der Leyen sustenta que “devemos ter sempre em mente, o quanto mais nos vai custar se não atuarmos agora”.
  • Ursula von der Leyen
2 Dezembro 2019, 16h56

A nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está decidida a atacar as alterações climáticas. Na Cimeira das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP25), que decorre em Madrid, von der Leyen anunciou que em março vai apresentar uma lei europeia para tornar a transição climática irreversível na União Europeia.

“Em março, vamos propor a primeira lei climática europeia para tornar a transição climática irreversível”, assumiu Ursula von der Leyen no seu discurso. Assim, isto “supõe dotar de uma perspetiva climática em todos os setores económicos”, acrescentando que a medida implica ainda uma energia limpa e acessível, o desenvolvimento da economia circular mundial e uma estratégia de biodiversidade.

O plano da presidente da Comissão Europeia, que tomou posse no passado domingo, 1 de dezembro, voltou a sustentar que o plano de investimento conta com “um trilião de euros durante a próxima década” e que, se necessário, deve aplicar-se ainda uma taxa de carbono ao comércio internacional, para taxar os produtos importados de países terceiros que sejam produzidos com fortes emissões de carbono, quando estes entram na União Europeia. Esta ideia surgiu também de António Guterres, que afirmou que o “CO2 precisa de um preço”.

Para quem está sempre a pensar no custo das medidas que serão implantadas, Ursula von der Leyen sustenta que “devemos ter sempre em mente, o quanto mais nos vai custar se não atuarmos agora”. Assim, a presidente sublinhou que “este processo deve incluir todos porque, senão, não funcionaria”.

Foi desta forma que von der Leyen introduziu o Fundo de Transição, proposto pela Comissão Europeia, para “aqueles que têm de dar os passos maiores” no processo, de forma a que não fiquem para trás. O dinheiro do fundo deve incluir dinheiro de privados e públicos, além de obter financiamento do Banco Europeu de Investimento, que se auto-definiu como o banco de câmbio climático”.

“Em contas resumidas: os europeus estão preparados. Se avançarmos juntos, iremos mais rápido e isso é do interesse de todos”, reafirmou von der Leyen, assumindo que o objetivo da COP25 tem de ser transformar o “Acordo Verde Europeu” num “Acordo Verde Global”.

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