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Vueling e Ryanair são as companhias aéreas que mais compensações rejeitam

Os viajantes afetados devem também estar informados de que atrasos superiores a três horas, cancelamentos e impedimentos de embarque podem dar direito a uma compensação de até 600 euros por passageiro.
5 Dezembro 2019, 18h03

Os atrasos das aeronaves e as malas perdidas ou danificadas geram queixas nas entidades próprias. Assim, a AirHelp realizou um estudo onde analisou as companhias aéreas que rejeitaram erradamente pedidos de compensações de passageiros, devido a perturbações em voos durante o ano de 2019.

A AirHelp, organização mundial líder em direitos dos passageiros aéreos, analisou as dez companhias aéreas com maior atividade em Portugal, verificando que 61% dos pedidos compensatórios deste ano tinham sido “injustamente rejeitados pelas companhias, impossibilitando os passageiros de receberem o dinheiro a que têm direito”.

Assim, a organização destaca pela negativa a espanhola Vueling Airlines, a irlandesa Ryanair e a britânica EasyJet. Quase todos os passageiros que submeteram um pedido de compensação válido à Vueling Airlines viram a sua reivindicação rejeitada pela empresa. A Ryanair rejeitou 98,4% dos pedidos que a AirHelp considerou válidos, enquanto a EasyJet recusou 87,3%.

A TAP Air Portugal surge em oitavo lugar, com uma diferença significativa aos três primeiros lugares ocupados por empresas não portuguesas. Desta forma, a TAP considerou que 40,6% dos pedidos de compensação eram injustos e acabaram por ser negados.

“Este estudo conclui que as companhias aéreas não estão a ‘jogar limpo’ e, por isso, não é de admirar que dois em cada três passageiros desistam depois do seu pedido de compensação inicial ter sido rejeitado”, aponta Carolina Becker, especialista em direitos dos passageiros aéreos da AirHelp.

“É extremamente injusto que as companhias aéreas rejeitam pedidos de compensação como uma tática para privar os passageiros do dinheiro que lhes pertence por direito”, afirma. “Em média, as companhias aéreas rejeitaram cerca de 30% a mais de reclamações este ano, comparativamente a 2018”, esclarece a especialista.

A especialista da AirHelp, Carolina Becker, sustenta ainda que “cerca de 7,6 milhões de passageiros foram afetados por perturbações em voos em Portugal, em 2019, e milhares vão envolver-se em batalhas legais e enfrentar lutas impossíveis para reivindicar o dinheiro a que têm direito”.

Os viajantes afetados devem também estar informados de que atrasos superiores a três horas, cancelamentos e impedimentos de embarque podem dar direito a uma compensação de até 600 euros por passageiro. O pedido de compensação pode ser submetido até três anos depois da data do voo em questão.

Posição Companhia Aérea Taxa de compensações rejeitadas erradamente 
1. Vueling Airlines 99,9%
2. Ryanair 98,4%
3. EasyJet 87,3%
4. British Airways 66,6%
5. Aer Lingus 55,4%
6. Lufthansa 52,7%
7. Air Europa 52,4%
8. TAP Air Portugal 40,6%
9. Air France 31,4%
10. Transavia Airlines 28,0%

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