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Wall Street fecha em alta à boleia do emprego

Durante o mês passado, os EUA geraram 263.000 novos empregos, bem acima dos 185.000 previstos pelo consenso. Por sua vez, a taxa de desemprego caiu de 3,8% para 3,6%, abaixo dos 3,8% previstos, e situa-se no mínimo dos últimos 49 anos.
  • Reuters
3 Maio 2019, 21h48

Em abril de 2019, a taxa de desemprego nos EUA foi de 3,6% (3,8% no mês anterior) e isso impulsionou os três principais índices da bolsa de Nova Iorque que fecharam a última sessão da semana em alta.

O número de desempregados diminuiu para 5,824 milhões (6,211 milhões de desempregados em março de 2019).

O sentimento dos investidores foi impulsionado pelo relatório sobre o mercado de trabalho norte-americano relativo ao mês de abril, onde foram criados 263 mil postos de trabalho.

Durante o mês passado, os EUA geraram 263.000 novos empregos, bem acima dos 185.000 previstos pelo consenso. Por sua vez, a taxa de desemprego caiu de 3,8% para 3,6%, abaixo dos 3,8% previstos, e situa-se no mínimo dos últimos 49 anos, especificamente desde dezembro de 1969.

O S&P 500 subiu 0,96% para 2.945,64 pontos; o Dow Jones subiu 0,75% para 26.504,95 pontos e o Nasdaq subiu 1,58% para 8.164 pontos.

O relatório  de emprego de abril excedeu em muito as previsões do consenso e mais uma vez demonstrou a força do mercado de trabalho americano.

Além disso, o salário médio por hora aumentou a uma taxa de 3,2% ano a ano, ligeiramente abaixo dos 3,3% previstos. E a taxa de participação no mercado de trabalho caiu de 63% para 62,8%, abaixo dos 62,9% esperados.

Recorde-se que Jerome Powell, presidente do Fed, considerou “temporária” a baixa inflação atual nos EUA, o que afasta a possibilidade de um corte de juros no final do ano.

Ainda em termos macroeconómicos, o índice de serviços de ISM de abril foi publicado. Este índice do Institute for Supply Management (ISM) serve para medir a evolução dos Serviços nos Estados Unidos e é muito importante porque este setor pesa dois terços da economia americana. Este indicador caiu para 55,5 de 56,1 no mês passado, estando abaixo dos 57,0 projetados.

A Amazon registou ganhos de 3,21%, depois de Warren Buffett, o investidor mais famoso do mundo, confirmar que comprou ações da Amazon para a sua holding, a Berkshire Hathaway. A entrada de Buffett na Amazon vem depois de a Berkshire também se ter tornado um dos investidores de referência da Apple, outra gigante da tecnologia.

Os investidores também estão a olhar para a Tesla (4,48%), que anunciou na quinta-feira um reforço de capital de  2 mil milhões de dólares pelo qual Elon Musk finalmente receberá 25 milhões de dólares, após anunciar que iria comprar 10 milhões de ações num programa de share buy-back.

O petróleo West Texas subiu 0,10% para 61,87 dólares.

 

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