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Wall Street abre ‘flat’ devido às tensões sino-americanas

As ações da Foot Locker estão a afundar 8,40%, para 26,92 dólares, depois de a empresa de roupa e calçado desportivo ter apresentado prejuízos nos primeiros três meses de 2020 e ter anunciado a suspensão dos dividendos trimestrais.
22 Maio 2020, 14h56

A bolsa de Nova Iorque abriu a sessão desta sexta-feira – 22 de maio – flat, num contexto em que as tensões entre a China e os Estados Unidos contrabalanceiam o otimismo em torno da descoberta de um vacina para o vírus SARS-CoV-2. Desta vez, foi o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a acusar Pequim de falta de transparência em relação à doença Covid-19.

“Irá predominar algum nervosismo em torno do agravamento das tensões comerciais, o que terá como resultados uma ligeira correção das bolsas, para fechar uma semana que vem com um saldo acumulado bastante positivo”, anteveem os analistas do banco espanhol Bankinter, em research.

Quinze minutos depois do arranque das negociações, os três principais índices bolsistas de Wall Street estão no ‘vermelho’. O Dow Jones perde agora 0,56%, para os 24.339,98 pontos, o financeiro S&P 500 recua 0,44%, para os 2.935,92 pontos, e o tecnológico Nasdaq cai 0,34%, para os 9.253,09 pontos. Já o Russel 2000 desvaloriza 0,36%, para os 9.253,09 pontos.

As ações da Foot Locker estão a afundar 8,40%, para 26,92 dólares, depois de a empresa de roupa e calçado desportivo ter apresentado prejuízos nos primeiros três meses de 2020 e ter anunciado a suspensão dos dividendos trimestrais.

Já os títulos da tecnológica HPE (Hewlett Packard Enterprise) tombam 8,79%, para 9,44 dólares, após ter divulgado as contas do segundo trimestre do ano fiscal 2020. Penalizadas pela pandemia, as suas receitas líquidas diminuíram 16% em termos homólogos, para 6,01 mil milhões de dólares.

Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, destaca as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que não irá fechar a economia caso haja uma segunda vaga do novo coronavírus no país.

“Numa altura em que os bancos centrais têm estado a injetar capital para suportar as economias surge a nota de que o balanço da Reserva Federal norte-americana subiu para um recorde de 7,04 biliões de dólares na semana encerrada em 20 de maio, acrescentando 103 mil milhões de dólares face à semana antecedente”, refere ainda, numa nota de mercado.

Em relação ao mercado petrolífero, o WTI (produzido no Texas) está a cair 3,36%, para 32,77 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a desvalorizar 3,85% para 34,68 dólares. Quanto ao mercado cambial, o euro deprecia 0,34% face ao dólar (1,0897) e a libra esterlina “desvaloriza” 0,35% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2180).

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