Wall Street acorda mista após aceleração da inflação

A bolsa de Nova Iorque acordou em terreno misto, na sequência de ter sido conhecida aceleração da inflação nos EUA em maio. Os mercados continuam na expetativa relativamente às conversações entre EUA e China.

O tecnológico Nasdaq sobe 0,22%, ao passo que o S&P 500 ganha 0,06%. O industrial Dow Jones, por seu turno, está a contrair 0,09%.

Um dos temas do dia centra-se nos dados da inflação na economia norte-americana em maio. O indicador acelerou, mas de forma menos acentuada do que o previsto, para 2,4% em termos homólogos (previsão apontava para 2,5%), face aos 2,3% registados no mês anterior.

Em simultâneo, o índice subjacente manteve o acréscimo homólogo de 2,8% em maio (analistas esperavam 2,9%), ao passo que se observou um acréscimo homólogo na ordem de 0,1% (previsão estimava-se em 0,3%), após os 0,2% observados em abril.

Ao mesmo tempo, as negociações entre EUA e China que visam aliviar as tensões comerciais estão na ordem do dia. Por enquanto, há um acordo de principio entre as duas maiores economias do mundo.

“Wall Street arranca em alta, animada pela revelação de que as pressões inflacionistas nos EUA estão mais controladas que o previsto e com o sucesso num acordo comercial entre os EUA e a China, que inclui o fornecimento imediato de terras raras a Pequim e acesso dos chineses a universidade americanas”, de acordo com a análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking. 

“O entendimento prevê ainda redução de tarifas e Donald Trump diz que vai trabalhar em estreita colaboração com Xi Jinping para abrir a China ao comércio americano”, salientam os analistas. 

“No seio empresarial, o setor de quantum computing, que abrange nomes como D-Wave, IonQ, Rigetti e Quantum Computing Inc, está entusiasmado com as palavras do CEO da Nvidia numa conferência em Paris, afirmando que a computação quântica estava a atingir o chamado ponto de inflexão”, pode ler-se.

“A Tesla ganha tração depois do CEO Elon Musk ter apaziguado as suas palavras contra a administração Trump. Nas energias renováveis o upgrade que puxa pela First Solar contrasta com o downgrade que castiga a Sunrun. O setor de aço é condicionado pelo potencial acordo entre EUA e México”, escreve-se na mesma análise.