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Wall Street fecha mista com Dow Jones a estragar o ramalhete

O destaque de hoje vai para a Fed que propõe menos capital e mais liquidez para os bancos estrangeiros que operem nos Estados Unidos. O Dow foi prejudicado pela Boeing. O petróleo dispara.
Traders work on the floor of the New York Stock Exchange, (NYSE) in New York, U.S., March 7, 2018. REUTERS/Brendan McDermid
8 Abril 2019, 22h17

Os investidores aguardam por novidades concretas em torno das conversações comerciais EUA/ China, numa semana em que arranca mais uma earnings season.  Esta sexta-feira são apresentados os resultados do JP Morgan e do Wells Fargo.

O Dow Jones fechou a cair 0,32% para 26.341, 02 pontos; o S&P 500 ganhou 0,10% para 2.895,8 pontos e o Nasdaq subiu 0,19% para 7.953,8 pontos. O Dow foi arrastado pelas ações da Boeing (4,44%).   “A sessão de hoje foi marcada pelo flow empresarial com Boeing entre os destaques após corte na produção do 737”, diz o analista da Mtrader, do Grupo BCP, Ramiro Loureiro.

“Segundo dados Bloomberg, os analistas estão a antecipar uma queda de 3% dos resultados no S&P 500 para o 1ºtrimestre. Caso as empresas sejam capazes de surpreender pela positiva as estimativas (surprise level positivo), pode haver aqui um catalisador de ganhos no mercado de ações”, acrescenta o mesmo analista.

Há a destacar hoje que a Reserva Federal de Estados Unidos – Fed (banco central dos EUA) propôs uma nova norma para os bancos estrangeiros que operem no país e que tenham mais de 100 mil milhões de dólares em ativos norte-americanos. Propõe menos capital e mais liquidez. O novo marco regulatório “aumentaria o rácio de ativos líquidos exigido para 4% e reduziria o rácio de capital em 0,5% para bancos estrangeiros com 100 mil milhões de dólares ou mais em ativos norte-americanos” , diz o banco central dos EUA.

De acordo com a classificação feita pelo Fed, com base em dados estimados, um primeiro grupo de bancos estrangeiros é formado por aqueles que administram entre 250.000 e 700.000 milhões de dólares. Nesta categoria estão o Barclays, o Credit Suisse, o Deutsche Bank, o Mizuho, o Bank of Tokyo-Mitsubishi (MUFG), o Toronto-Dominion, o HSBC, o Royal Bank of Canada e o UBS.

Um segundo grupo é formado por entidades que administram entre 100.000 e 250.000 milhões de dólares e são compostas pelo Santander, Banco de Montreal, BBVA, BPCE (Banque Populaire e Caisse d’Epargne), Société Générale e Sumitono Mitsui.

A nível macroeconómico as encomendas de Bens duradouros  nos EUA tiveram um fraco ritmo de crescimento. As encomendas de bens duradouros registaram um aumento homólogo de apenas 1,8% em fevereiro, sendo o ritmo mais fraco desde outubro de 2018. Face ao mês de janeiro gouve uma queda de 1,6%, em linha com o estimado pelos analista. Excluindo transportes, as encomendas cresceram 3,1% em termos homólogos, o pior registo desde dezembro de 2016.

Já as encomendas de bens de equipamento (excluindo componentes mais voláteis), importante tracker no investimento, aumentaram 2,6%.  As entregas subiram 3,5% face a fevereiro de 2018, rubrica que pesa no PIB.

As encomendas às fábricas nos EUA desaceleram crescimento. Com um aumento homólogo de apenas 1,5% em fevereiro foi o ritmo mais fraco desde novembro de 2016. Face ao mês de janeiro houve uma queda de 0,5%. Excluindo a componente de transportes o crescimento homólogo foi de 1,9%.

O petróleo dispara. O crude West Texas valoriza 2,17% para 64,45 dólares e o Brent, referência na Europa, ganha 1,08% para 71,10 dólares.

O euro cai 0,01% para 1,1262 dólares-.

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