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Wall Street fecha negativo em todas as frentes

Os principais índices norte-americanos fecharam em baixa esta quinta-feira, depois de o presidente da Reserva Federal não conseguir aliviar os receios do mercado quanto à subida dos juros da dívida soberana.
4 Março 2021, 21h40

Não é só do lado de cá do Atlântico: a dívida soberana dos Estados Unidos está a assustar os investidores do mercado de capitais, e as declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, não conseguiu sossegar ninguém. Até porque não havia como sossegar: segundo um estudo entretanto tornado público, a dívida norte-americana pode atingir 202% do PIB em 2050.

O Dow Jones caiu 1,11%, para 30.924,14 pontos; o Standard & Poor’s 500 recuou 1,34% para 3.768,47 pontos; e o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 2,11% para 12.723,47 pontos.

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, falou esta quinta-feira num fórum do The Wall Street Journal mas não conseguiu tranquilizar os investidores, que receiam uma maior subida dos juros da dívida soberana.

As obrigações do Tesouro a 10 anos dispararam para 1,543% depois de Powell não ter falado em qualquer mudança de posicionamento da Fed no seu programa de compra de ativos para travar esta subida. O presidente do banco central parece assim estar a ‘desmobilizar’ a política do anterior presidente norte-americano, Donald Trump – que obrigou literalmente o Fed a acompanhar as suas opções políticas.

Os investidores estavam na expectativa de que a Fed pudesse introduzir a Operação Twist –para aliviar a pressão sobre os juros das obrigações – o que não aconteceu.

“O mercado tem estado preocupado com o aumento dos juros no longo prazo e o presidente da Fed não rebateu este movimento de subida, algo que o mercado viu como um sinal de que as ‘yields’ continuarão a ganhar terreno”, disse o gestor Scott Brown, citado pela agência Reuters. Powell previu um aumento dos preços no consumidor não se mostrou preocupado com a inflação.

Ao longo do dia surgiram novos números sobre os pedidos de subsídio de desemprego – que voltaram a ficar abaixo do que era esperado pelos analistas, mas mesmo assim não tiveram o costumeiro efeito de alívio da pressão dos mercados.

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