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Wall Street não aguentou outro dia de pressão da Fed

A retirada dos estímulos à economia patrocinados pelo banco central continua a exercer forte impacto nos mercados. Ou, segundo os analistas, foi isso que sucedeu esta sexta-feira. Atirando alguns dos índices mais importantes para o vermelho.
22 Outubro 2021, 21h27

O S&P 500 e o Nasdaq fecharam em baixa esta sexta-feira, não só porque algumas empresas apresentaram relatórios dececionantes em termos de resultados, mas também porque palavras do presidente da Reserva Federal (Fed) impactaram negativamente nos mercados mobiliários.

Os sectores das comunicações e tecnologias foram os mais afetados – mas a verdadeira diferença esteve no facto de os investidores terem ficado nervosos enquanto o presidente da Fed, Jerome Powell, discutia a redução de estímulos à economia. Por mais uma semana.

O S&P 500 perdeu 4,80 pontos, ou 0,11%, para encerrar com 4.544,98 pontos; o Nasdaq Composite perdeu 125,50 pontos, ou 0,83%, para os 15.090,20 pontos, e o Dow Jones Industrial Average subiu 74,17 pontos, ou 0,21%, para 35.677,25.

Mais uma vez, palavras do presidente da Reserva Federal impactaram com alguma violência no mercado. “Cada vez que Powell fala sobre a redução gradual dos apoios à economia, os mercados não se incomodados com isso, mas agora, com os índices em níveis recordes, os investidores tendem a ser um pouco mais sensíveis a essas notícias”, disse Randy Frederick, da corretora Charles Schwab, citado pela agência Reuters.

Segundo os analistas de Wall Street, o problema entre o mercado mobiliário e o banco central é que Powell, dizem os investidores, dá sinais que se contradizem. Todd Lowenstein, do Union Bank, afirmou, citado pela mesma fonte, que “no momento, os investidores não gostam de incertezas. Quando não há uma linha de visão sobre as coisas, isso causa volatilidade nos mercados, e os investidores questionam alguns dos investimentos“.

Tanta incerteza foi suficiente para o dia nos mercados norte-americanos ser bastante volátil, com os principais índices a terem alguma dificuldade em segurarem-se no verde – apedar de o dia anterior ter sido genericamente positivo.

O índice de referência S&P 500 foi exemplo dessa volatilidade: começou o dia para a sua terceira semana consecutiva de ganhos, subindo cerca de 1,4% esta semana, mas algumas horas depois do início das cotações estava a perder, num movimento negativo que chegou a mais de 0,1%.

Sete dos 11 principais índices do S&P 500 ainda estavam em alta no início da tarde, enquanto o setor de serviços de comunicações caia mais de 2%, mas pouco depois a tendência negativa inverteu-se.

 

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