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Wall Street recua antes da reunião decisiva da Fed

A grande surpresa disruptiva pode muito bem advir do denominado “dot plot”.
  • 1 – Estados Unidos (8,1 mil toneladas)
20 Setembro 2021, 10h43

alterações da sua política monetária, que ficaram pendentes na última reunião, com uma maioria dos membros do board a ser da opinião que até ao final do ano o programa de estímulos deveria sofrer alterações, nomeadamente no montante de $120 mil milhões que o banco central continua a adquirir todos os meses, e que tem inflacionado ainda mais a bolha de liquidez inédita que tem suportado a valorização de vários sectores do mercado, seja ele tradicional ou os novos nichos, como as criptomoedas e os NFT.

Ora, agora aqui chegados e com a reunião a ter inicio já esta terça-feira a cautela tomou conta dos investidores na sexta-feira passada e deverá ser o mote para as duas primeiras sessões desta semana, desde logo porque existiram indícios contraditórios nas semanas recentes sobre o ritmo do crescimento económico, da recuperação do mercado laboral e do andamento da inflação, que Jerome Powell sempre indicou deveria registar um pico de crescimento, estabilizado rapidamente e posteriormente normalizar, sem causar grandes danos à economia e portanto sem motivos para uma aceleração do movimento de normalização da política monetária por causa disso.

Mas se da reunião podem sair indicações concretas quanto a um apertar do cinto do programa de estímulos, a grande surpresa disruptiva pode muito bem advir do denominado “dot plot”, ou seja das indicações dadas pelos membros da FED quanto ao percurso que os juros deverão ter nos próximos anos, sendo que com sete dos 18 membros a preverem a primeira subida dos juros para 2022, bastam apenas dois se juntarem a esse grupo para quebrar a maioria dos que indicaram 2023, e espoletar um período de incerteza que pode ser o catalisador para um movimento corretivo mais significativo, isto numa altura importante do ponto de vista técnico, uma vez que o S&P500 fechou a semana abaixo da sua média móvel dos 50 dias.

O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é diário.

Os próximos dias serão fulcrais para o futuro de curto prazo do principal índice accionista, uma vez que caso não reconquiste a média móvel dos 50 dias (linha laranja) isso será um potencial indício para uma correcção, sendo a primeira vez que ficaria abaixo desse nível por dois dias consecutivos este ano.

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