[weglot_switcher]

Wall Street ‘soma e segue’

Praças norte-americanas mantêm tendência altista, depois do Dow jones ter feito máximos históricos na última sessão. Hoje, as atenções dos investidores recairão nas intervenções dos membros da FED.
14 Novembro 2016, 14h47

A bolsa norte-americana abriu a negociar com ganhos, na sessão desta segunda-feira, com os investidores à espera de conhecer o programa económico de Donald Trump, que, pelo menos até agora, assenta apenas em linhas gerais. Entre as diversas medidas as que mereceram a maior importância por parte dos mercados financeiros estão o plano de infra-estruturas e a redução dos impostos.

O índice industrial Dow Jones ganha 0,21% para 18.888,34 pontos, o tecnológico Nasdaq sobe 0,05% para 5.235,76 pontos, e o S&P 500 valoriza 0,13% para 2.168,35 pontos.  Na última sessão, o Dow Jones estabeleceu máximos históricos, e há a expetativa que possa voltar a fazê-lo.

Em termos setoriais, destacam-se as perdas da energia (-0,33%) e telecomunicações (-0,50%). Do lado das subidas, o financeiro (0,13%) e as matérias-primas (0,13%) são os que mais se destacam.

Uma série de oradores da Reserva Federal estão previstos discursar nesta segunda-feira, incluindo o presidente do Fed de Dallas, Rob Kaplan, o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, e o presidente do Fed de são Francisco, John Williams.

Na Europa. a bolsa de Lisboa recua 0,16%, a negociar em mínimos de julho. A pressionar o índice está o comportamento da dívida pública portuguesa. A subida das ‘yields’ espanholas, italianas e portuguesas explica a underperformance dos respectivos mercados accionistas.

A penalizar o índice estão os ‘pesos pesados’: A EDP cai 1,35%, a Galp Energia perde 0,52% e a Jerónimo Martins recua 1,81%. Igualmente em queda, seguem os títulos da REN (-0,55%), Semapa (-0,76%) e Pharol (-5,70%).

A impedir maiores descidas no índice estão as ações da Altri (1,40%), BCP (0,33%), EDP Renováveis (0,82%), NOS (1,17%) e Navigator (0,72%). A estrela do dia, é mais uma vez a Sonae, a subir 3,22%.

Os principais índices europeus negoceiam com ganhos, com os investidores à espera de conhecer o programa económico de Donald Trump, que, pelo menos até agora, assenta apenas em linhas gerais. Entre as diversas medidas as que mereceram a maior importância por parte dos mercados financeiros estão o plano de infra-estruturas e a redução dos impostos

O Dax sobe 0,43%, o índice francês CAC ganha 0,42%, a praça holandesa AEX valoriza 0,56%, e o Footsie de Londres avança 0,38%.

O petróleo Brent perde 1,18% para os 44,22 dólares. O mercado mostra preocupação com o excesso de oferta de crude, após dados mostrarem que a produção nos países da OPEP aumentou para um recorde em Outubro, crescendo em 240.000 barris diários para 33,64 milhões.

No mercado forex o euro perde 1,22% para 1,0722 dólares, a fazer mínimos de janeiro deste ano. A Libra recua 0,92% para 1,2477 dólares. O mercado começa a sinalizar que a política económica de Trump criará pressões inflacionistas, que obrigarão a FED a acelerar o processo de aumentos das taxas de juro.

A ‘yield’ da dívida portuguesa a dez anos, negoceia a subir 12,4 pontos base para 3,621%, para máximos de um mês. A primeira consequência da vitória de Donald Trump foi a subida das yields americanas. O mercado americano de dívida é o maior do mundo e os seus movimentos contagiam os demais mercados obrigacionistas. Assim, desde 4ª feira que se tem assistido a uma subida generalizada das yields mundiais, um movimento que ganha uma maior expressão naqueles países em que a dívida pública é elevada (Espanha, Itália e Portugal). Esta semana Portugal volta aos mercados para se financiar até 1.500 milhões de euros em dívida de curto prazo.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.