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Wall Street volta a fechar positivo, apesar da China

Desta vez, e segundo os analistas, os investidores preferiram deixar de parte os temores sobre o comércio com a China e concentrarem-se no que considera, ser sintomas de recuperação da economia interna.
Brendan McDermid / Reuters
28 Maio 2020, 20h50

As ações de Wall Street aumentaram, embora menos que a Europa, com ganhos nos setores ligados à saúde e nas tecnológicas, à medida que os investidores apostam numa rápida recuperação da crise económica causada pelo coronavírus. O Dow Jones subiu 94,8 pontos, ou 0,37%, para 25.643,07; o S&P 500 ganhou 21,64 pontos, ou 0,71%, para 3.057,77; e o Nasdaq Composite aumentou 61,43 pontos, ou 0,65%, para 9.473,79.

Segundo os analistas, os investidores fecharam os olhos à renovada tensão entre os Estados Unidos e a China – o que não costuma suceder – e em vez disso decidiram focar-se na reabertura das atividades comerciais. Candice Bangsund, gestora de ativos da Fiera Capital, de Montreal, disse, citada pela agência Reuters,  que “as ações mantiveram um momento positivo, refletindo amplamente o otimismo de que o crescimento recuperará à medida que os bloqueios da Covid-19 forem atenuados e as economias reabrirem progressivamente”.

Por outro lado, o número de norte-americanos que se inscreveram no subsídio de desemprego caiu pela oitava semana consecutiva; os pedidos permaneceram surpreendentemente altos, mas os investidores preferiram focar-se em mais uma diminuição dos pedidos, o que pode ser uma tendência em consolidação.

O dia foi genericamente bom para os mercados de capitais, com a Europa – onde avulta o fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, o que implicou que o euro tenha subido 0,75%, para 1,1085 dólares – e os principais mercados da Ásia a demonstrarem um bom comportamento. Mas, segundo os analistas, no horizonte está ainda a situação em Hong Kong.

De regresso aos Estados Unidos, o aumento do stock de petróleo até aos 7,9 milhões de barris na última semana, superando as expectativas, devido a um grande aumento nas importações, pode vir a influenciar os mercados até ao final da semana. Os contratos futuros de petróleo dos EUA subiram 90 centavos para chegar a 33,71 dólares por barril, enquanto o Brent subiu 55 centavos para fechar em 35,29 dólares.

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