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Wall Street volta às quedas depois de cinco dias no ‘verde’

A empresa de biotecnologia Novavax não segue a tendência e está a disparar 36,66%, depois de o governo dos Estados Unidos ter assinado com contrato de 1,6 mil milhões de dólares para que desenvolva uma vacina contra o novo coronavírus.
  • Reuters
7 Julho 2020, 14h50

Depois de um início de semana animador, com a Uber e a Tesla em destaque, Wall Street regressou às quedas no início da sessão desta terça-feira. Apesar de não existirem drivers significativos para este pessimismo, o mercado não viu com agrado a entrevista de Raphael Bostic (presidente da Fed de Atlanta) ao jornal “Financial Times“, onde refere que a recuperação económica dos Estados Unidos (EUA) será “mais instável” à medida que os casos de Covid-19 aumentam.

Entre os três principais índices de Wall Street, o industrial Dow Jones perde 0,70%, para os 26.087,09 pontos, o financeiro S&P 500 cai 0,46%, para os 3.165,20 pontos e o tecnológico Nasdaq desliza 0,08%, para os 10.424,96 pontos, após ontem ter puxado pela praça de Nova Iorque. Já o Russel 2000 desvaloriza 1,32%, para os 1.423,95 pontos.

A Novavax é um dos títulos que sobressai no arranque nas negociações de hoje. A empresa de biotecnologia está a disparar 36,66%, para 108,56 dólares, na sequência de a Casa Branca ter assinado com contrato de 1,6 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) para que desenvolva uma vacina contra o novo coronavírus.

“Hoje teremos uma sessão de tomada de mais-valias nas bolsas, à espera das referências-chave dos próximos dias. O mercado estará já de olhos postos nas previsões económicas do Eurogrupo, na quinta-feira. Será o mais importante antes do arranque da época de apresentação de resultados (earnings season) do segundo trimestre, na próxima semana. Estes resultados serão muito provavelmente os piores do ano. A partir do terceiro trimestre e, sobretudo, em 2021, espera-se que ocorra uma recuperação forte”, referem os analistas do banco espanhol Bankinter, numa nota de mercado.

André Neto Pires, da XTB, destaca acontecimentos político-económicos, que poderão influenciar os mercados financeiros ao longo do dia: “Grupos comerciais dos EUA exortam a China a aumentar as compras de bens norte-americanos, em cumprimento do acordo de Fase Um. A notícia vem acompanhada de uma outra, segundo a qual a União Europeia ameaça retaliação contra os EUA se aplicar tarifas sobre bens exportados da Europa”, lembra, em research.

Em relação ao mercado petrolífero, o preço do ‘ouro negro’ está a cair menos de 1%. O WTI, produzido no Texas, desce 0,52%, para 40,42 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a desvalorizar 0,42% para 42,91 dólares.

Às 21h40 serão divulgados novos dados sobre os inventários de petróleo bruto no país (API). Os investidores aguardam ainda as declarações de Randal K. Quarles e Thomas I. Barkin, membros da Reserva Federal, agendadas para as 18h00 e para as 19h00 (hora de Lisboa), respetivamente.

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