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‘Web Talk’ Huawei e JE. Rumo para economia circular depende das tecnologias, defende secretária de Estado do Ambiente

As tecnologias são um veículo acelerador para a transição de uma economia linear para uma economia circular. A secretária de Estado do Ambiente, Inês Costa, referiu, durante a Webtalk Huawei e JE, que as empresas devem estar preparadas para garantir modelos de produção mais sustentáveis de modo a dar uma nova utilidade a um produto quando chega ao fim da sua vida útil.
17 Julho 2020, 12h35

Sem tecnologia não será possível fazer uma transição para uma economia circular de forma rápida e eficaz. Esse foi o ponto de concordância a que chegaram os oradores durante a Web Talk sobre Sustentabilidade promovida pelo Jornal Económico (JE) em parceria com a Huawei, esta sexta-feira.

Certo de que dois dos eixos principais do Plano de Ação para a Economia Circular, da Comissão Europeia, assentam no desenvolvimento das TIC, Diogo Madeira, Head of Public Affairs & Communications da Huawei Portugal, considera que o ‘casamento’ entre as tecnologias e a sustentabilidade é inevitável para que sejam alcançadas as metas da transição para uma economia mais verde.

“Não acho que a questão seja como conciliar, porque elas são inevitavelmente conciliadas”, referiu quando questionado sobre se é importante desenvolver uma ligação entre ambas. “Se há algo que vai permitir acelerar as metas é a tecnologia. Uma transição digital vai acelerar permitir que estejamos em melhor condições de cumprir as metas de descarbonização e de sustentabilidade”, referiu.

A tese foi partilhada entre todos os presentes. Inês Costa, secretária de Estado do Ambiente, sustentou o argumento dizendo que a “digitalização tem um papel muito importante para a transição” para uma sociedade mais sustentável. Inês Costa defende que as TIC devem ser orientadas para desenvolverem modelos económicos mais lineares, ou seja, um modelo que contraria o atual sistema de produção que tem como base a extração do produto, consumo e descarte.

“Se as TIC forem orientadas nesse sentido, podem ser muito mais aceleradoras quando se trata da transformação de modelos económicos lineares para circulares”, apelou.

Já António Castro, diretor de Sustentabilidade e Ambiente da EDP relembra que as TIC são um veículo para que sejam desenvolvidas aparelhos e redes energéticas mais inteligentes. Este responsável defende que Portugal tem um enorme potencial quando se trata da energia solar e eólica e que a estratégia agora deve passar por distribuir essa energia de forma eficiente.

“Precisamos de aparelhos, casas e redes inteligentes para que funcionem quando há energia a mais. Essa informação e esse avanço tecnológico podem ser cruciais para gerir os fluxos elétricos e para que possamos aproveitar o consumo da energia para outras coisas”, defende. “Em Portugal temos capacidade para produzir energia solar e eólica e essas devem ser potencializadas”.

Os oradores acreditam que as tecnologias para a sustentabilidade são os meios para a implementação dos conceitos da economia circular. Defendem ser necessário desenvolver novos métodos para reutilizar, reparar e reciclar os produtos no final da sua vida útil, além de desenvolver novas formas de construir os produtos utilizando as premissas de projetos com ecodesign – como, por exemplo, escolha de materiais de baixo impacto ambiental, menos poluentes, não tóxicos, de produção sustentável ou reciclados.

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