A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) está a impedir a Worldcoin de recolher dados da íris no mercado espanhol, bloqueando todos os dados biométricos que foram recolhidos até ao momento. Agora, e perante este bloqueio, a Worldcoin vem denunciar que esta autoridade “está a contornar a lei da UE com as suas ações recentes, que se limitam a Espanha e não à UE”.
Segundo Jannick Preiwisch, responsável pela proteção de dados da Worldcoin, a AEPD está ainda a “divulgar afirmações imprecisas e equivocadas sobre a nossa tecnologia a nível global”. Em comunicado, o responsável diz ainda que a empresa e o World ID estão “sem resposta há meses” após tentar contactar a agência espanhola por diversas vezes.
“Há meses que estamos em contacto com a autoridade de proteção de dados da Baviera (BayLDA), que é a autoridade supervisora líder nos termos do RGPD para a Fundação Worldcoin e para a Tools for Humanity”, sustenta ainda.
“O World ID foi criado para dar às pessoas acesso, privacidade e proteção online”, aponta Preiwisch. “É a solução mais segura e que mais preserva a privacidade para afirmar a humanidade na era da IA, e estamos sempre dispostos a colaborar com reguladores, examinar os seus feedbacks e responder às suas questões”, destaca o responsável no mesmo comunicado.
Relembrar que a medida cautelar aplicada pela agência espanhola, que a impede de continuar a oferecer dinheiro em troca da digitalização da íris, é válida durante os próximos três meses. Importa ainda referir que mais de 300 mil pessoas (3% da população portuguesa) foram ‘verificar’ a sua identidade em troco de criptomoedas a um dos 17 stands espalhados pelo país.
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