Em pleno período de suspensão da recolha de dados biométricos da íris e rosto pela Worldcoin Foundation em Portugal, por decisão da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), a empresa com base nas Ilhas Caimão nanunciou a introdução de novas atualizações ao sistema pela qual ficou conhecido: o passaporte digital World ID.
Em conferência de imprensa, a empresa fez saber que os utilizadores já podem desativar o World ID e apagar o Iris Code na app.
Contudo, enquanto o cancelamento do primeiro ficará concluído em 24 horas após a submissão do pedido, o código da Íris só será eliminado seis meses após a solicitação. Isto porque a empresa introduziu o chamado “período de reflexão”. “Isto deve-se a questões técnicas para garantir que o nosso sistema continua robusto e imune a fraude”, justifica Ricardo Macieira, manager regional para a Europa da Tools for Humanity.
A par dessa novidade, a Worldcoin Foundation anunciou, também, a verificação de idade presencial para utilizadores acima dos 18 anos, um dos requisitos para.
“Neste processo em que temos vindo a trabalhar com a BLA, decidimos implementar esta validação externa”, que não será feita pelos operadores mas sim “por uma empresa externa de gestão de multidões com experiência em gerir grandes grupos de pessoas que irá, sem recolher quaisquer dados, fazer uma verificação através de uma entidade emitida pelo Governo”
De acordo com o mesmo responsável, a entidade ainda não foi determinada, ainda não tendo decorrido o chamado processo QYB [Qualifications-based selection].
“Isto faz parte do nosso processo de ouvir feedback, trabalhar com as entidades, de promover um processo mais robusto para que quem queria utilizar a World ID e a World app tenha cada vez mais controlo sobre os seus dados e sobre a forma como utiliza a app”, acrescentou Ricardo Macieira.
Ricardo Macieira sublinhou a importância de se manter a “porta aberta” e “continuar a comunicação” com as entidades reguladoras. Não palavras do próprio, as novidades ontem apresentadas são “fruto do trabalho que tem vindo a ser feito com as entidades reguladoras”. “Cumprimos com todas as questões regulamentares”, assegurou.
A atividade de recolha de dados através da íris em troca de criptomoedas foi temporariamente suspensos no final de março pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Em resposta, a empresa assegurou que cumpre “todas as leis”, tendo “o maior respeito” pelo trabalho da CNPD.
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