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XTB reforça aposta no mercado acionista para captar “investidores de longo prazo”

A ‘fintech’ pretende lançar entrar no negócio dos ETF e dos CFD sobre criptomoedas até ao final do ano, segundo explicou o diretor-geral da XTB Portugal, Francisco Horta, em entrevista ao Jornal Económico.
26 Setembro 2018, 07h25

A fintech XTB está a reforçar a aposta no mercado acionista com uma nova campanha que pretende relançar o segmento de negócio. Ainda este ano, a corretora pretende ainda lançar-se nos mercados de entrada de exchange-traded funds (ETF) bem como de contract for difference (CFD) sobre criptomoedas.

“A XTB opera no mercado nacional desde 2010 praticamente em mono produto. Somos líderes no mercado de derivados desde 2013, tendo atingido, em 2017, 57,7% do volume nesse mercado”, afirmou o Francisco Horta, diretor geral da XTB Portugal, em entrevista ao Jornal Económico.

“Em 2018, introduzimos a oferta de ações com o intuito de diversificar a nossa oferta e permitir a entrada de investidores mais focados no médio e longo prazo”, referiu. “Desta forma conseguimos dar resposta ao pedido dos nossos clientes e ainda dar-lhes a possibilidade de diversificação dos seus portefólios, posicionando-se assim a XTB como um broker global”.

O portefólio de investimento da XTB passou, assim, a incluir 1.840 opções no mercado acionista nacional e internacional. A par do reforço na oferta, a corretora diminuiu, em setembro, os custos de investimento, apresentando um novo tarifário de ações na app xStation.

Os clientes da XTB passaram a pagar um tarifário único de 0,12% por transações acima de 4,99 euros e a comissão de custódia de títulos (que era de 0,15% anuais) foi eliminada.

“Em conjunto com a nossa nova tecnologia que permite abertura de contas online e a introdução da oferta de ações, estimamos crescer a duplo dígito na captação mensal de novos clientes. Mais importante é entrar num novo nicho de mercado que até à data não estávamos presentes”, afirmou Horta.

ETF e criptomoedas nos planos para o futuro

A XTB opera atualmente em 20 países, dos quais 11 são do mercado europeu, sendo que o negócio em Portugal representa 5% do volume global. No primeiro semestre do ano registou um crescimento homólogo nas ordens recebidas de derivados de 16,6% e uma quota de mercado semestral de CFD de 50,2%.

Para os próximos meses, a empresa pretende manter a “forte aposta na inovação”, segundo o diretor geral da XTB Portugal. “A nossa plataforma é das mais inovadoras e user friendly do mercado, e estamos em continua atualização para proporcionar aos nossos clientes a melhor experiência a negociar ativos no mercado online”, revelou.

“A nível de produto estamos a negociar com os reguladores a entrada de ETF no mercado português, possivelmente até ao final do ano, bem como a alargar a oferta de CFD de criptomoedas. Atualmente temos infraestrutura tecnológica e operacional que permite-nos continuar a ampliar a nossa oferta de instrumentos nos próximos meses dando assim resposta às solicitações dos nossos clientes, por forma a permitir investirem connosco de acordo com os vários perfis de risco”, acrescentou.

Neste momento, a XTB não tem disponível qualquer produto relacionado com criptomoedas, depois de, no final do ano passado, ter entrado em confronto com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Dado o vazio legal, o regulador não pode proibir a comercialização de produtos financeiros relacionados com criptomoedas, mas agiu em relação à publicidade, o que a XTB terá em conta no lançamento de novos produtos até ao final do ano.

“O setor está em constante inovação e desenvolvimento. É natural que o regulador tenha reservas relativamente a novos produtos. Vamos continuar a fazer a nossa publicidade institucional bem como publicidade aos nossos webinars diários e seminários presenciais regulares, nas cidades do Porto e em Lisboa”, garantiu Francisco Horta.

“A nossa aposta sempre foi na educação e formação da comunidade investidora, e vamos continuar essa aposta. A intenção do regulador é defender os interesses do investidor e essa posição é por nós partilhada pois é para fundamental que os clientes contem com a melhor formação antes de iniciar a negociação real”, acrescentou.
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