Zona euro fecha 2024 com crescimento de 0,9%

A zona euro fechou 2024 com um crescimento de 0,9%, superando ligeiramente as previsões das instituições europeias, mas contando com um forte impulso dos dados irlandeses no último trimestre, dados esses sujeitos a frequentes oscilações e revisões significativas. Em cadeia, o quarto trimestre trouxe um crescimento de 0,2%, o que acaba por superar as expectativas, mas mostra a estagnação do bloco.

Os dados divulgados pelo Eurostat esta sexta-feira apontam para um crescimento acima dos 0,8% projetados pelo Banco Central Europeu (BCE) nas atualizações de março das suas projeções económicas, conhecidas no dia anterior. Nas previsões feitas em dezembro, o banco central antecipava um crescimento de 0,7% para o bloco da moeda única.

É, ainda assim, uma aceleração em relação aos 0,4% registados em 2023, quando a inflação condicionou ainda mais a atividade económica no Velho Continente.

O consumo das famílias continuou a ser o principal motor desta evolução, a par do investimento, compensando assim a fraqueza da componente externa. As famílias gastaram mais 0,4% do que no trimestre anterior, igualando o avanço e contributo do terceiro trimestre, enquanto a formação bruta de capital fixo abrandou de 1,8% para 0,6%, mas continuando a crescer. Em sentido inverso, as exportações caíram 0,1%.

Portugal foi o terceiro país que mais cresceu no último trimestre do ano passado, chegando a 1,5% e ficando atrás apenas da Dinamarca, com 1,6%, e da Irlanda, com 3,6%. Contudo, os números irlandeses são sujeitos a significativas e recorrentes revisões, dado o peso das multinacionais na economia daquele país, pelo que este valor poderá ainda mudar de forma determinante.

Olhando para a UE como um todo, o PIB cresceu 1% em 2024 depois de avançar 0,4% em cadeia no último trimestre.

O Eurostat divulgou ainda os números do emprego, que cresceu 1% no ano passado na zona euro, ligeiramente acima dos 0,8% registados na UE. Comparando com 2023, é um ligeiro abrandamento após o indicador ter crescido 1,4% e 1,2%, respetivamente.

[notícia atualizada às 11h19]