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Zuckerberg não quer ser “arbitro da verdade” após ameaça de Trump às redes sociais

“Acredito fortemente que o Facebook não deve ser um árbitro da verdade de tudo o que as pessoas dizem online”, assumiu o fundador do Facebook à Fox News.
28 Maio 2020, 21h08

O Facebook vai desmarcar-se de regular o discurso online após a ameaça de Donald Trump em regular e proibir as redes sociais após o Twitter anunciar que iria marcar as notícias falsas do presidente norte-americano, revela o ‘The Guardian’.

A decisão de Mark Zuckerberg chega dois anos depois depois deste admitir, sob pressão política, que têm de estar mais atentos à desinformação que circula na plataforma e que é partilha por milhares de pessoas, e para a qual não existe regras.

“Acredito fortemente que o Facebook não deve ser um arbitrário da verdade de tudo o que as pessoas dizem online“, assumiu o fundador do Facebook à Fox News. “Provavelmente, as empresas privadas não deveriam estar, especialmente estas plataformas, numa posição de fazer isso”, referindo-se ao fact-checking.

A discussão entre a rede social e Trump estalou esta semana, com o Twitter a assinalar dois tweets do presidente norte-americano como falsos. Mais tarde, após a decisão da empresa de Jack Dorsey, Trump acusou o Twitter de censura e anunciou que pode retirar poderes às redes sociais.

Ao criticar a ação do Twitter, Mark Zukerberg mostra-se estar do lado de Trump, que há vários meses não critica o Facebook. De relembrar que o gestor da campanha presidencial do atual presidente norte-americano atribuiu créditos à plataforma de Zuckerberg para que Trump fosse eleito em 2016.

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