De acordo com um relatório da empresa Bloomberg New Energy Finance, em 6 anos, o maior obstáculo atual à venda de carros elétricos – o seu preço – será obliterado e os carros que funcionam movidos a petróleo vão deixar de ser a primeira opção dos compradores.
“Em 2022, o custo total de aquisição de baterias para carros elétricos vai ser inferior ao combustível utilizado por um veículo a motor”. A partir daí, o relatório projeta um aumento estável do ratio de adoção por parte dos utilizadores, atingindo vendas global de 41 milhões de dólares – 25% do share do mercado total – em 2040.
Tendo em conta que hoje em dia os carros elétricos representam menos de 1% das vendas em todo o mundo, este seria um salto considerável na sua evolução. Para que a tecnologia se torne comercial da forma que a Bloomberg prevê, a indústria tem de adereçar o maior impedimento que existe para favorecer adoção: o preço dos carros elétricos.“Nós projetamos que o custo de manufatura de carros elétricos vai reduzir drasticamente e muito mais depressa do que a maioria das pessoas pensa”, afirma Salim Morsy, autor do estudo.
A chave para alterar este cenário, acrescenta Morsy, são as baterias que alimentam o carro. O pack de baterias pode chegar a custar cerca de 1/3 do custo do veículo inteiro. O que é preciso fazer é aplicar alguns melhoramentos nos processos químicos e de produção destas baterias, assim como ajustar os preços agressivos atuais.
Existem algumas ressalvas nesta previsão que importam ser mencionadas. A primeira prende-se com a suposição de que em 2030, os consumidores terão acesso a uma infraestrutura de carregamento de baterias bem desenvolvida em muitos pontos do globo. A segunda está relacionada com a ideia de que os subsídios dos governos que mantêm o mercado dos carros elétricos vivo e facilitam o investimento de fabricantes de automóveis, não vai desaparecer. E terceiro: o custo total de aquisição de um carro elétrico é feito com base na expectativa que o preço do petróleo será estupidamente elevado e inacessível.
É importante ajudar os consumidores a adaptarem-se a este tipo de veículos para que a transição mental e física seja implementada o quanto antes. Mudanças de infraestruturas tendem a avançar vagarosamente e, por isso, quanto mais cedo se começar a pensar nas melhores soluções para o futuro, mais rápido essas soluções começam a fazer parte da vida de todos nós no presente.
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