Associações sindicais e empresas do grupo Águas de Portugal (AdP) assinaram na quinta-feira um protocolo com vista à celebração do Acordo Coletivo de Trabalho que entrará em vigor em janeiro, abrangendo perto de 2.200 trabalhadores, disse fonte sindical.
“Trata-se de um acordo coletivo muito importante para melhorar a vida e as condições de trabalho e salariais de 2.200 trabalhadores em 15 empresas da AdP, que poderá influenciar outras empresas públicas”, sublinhou hoje à Lusa José Abraão, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), um dos signatários do acordo.
Segundo adiantou, o acordo entrará em vigor em janeiro de 2019 e prevê melhorias em matérias como carreiras ou férias, estabelecendo ainda um salário mínimo de 613 euros nas empresas da AdP (o salário mínimo nacional foi fixado este ano em 580 euros).
“Há nove anos que andamos a tentar negociar um acordo coletivo, concluído finalmente agora, o que é uma grande contribuição para a negociação coletiva”, destacou José Abraão.
Também o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL), que assinou o documento, congratulou-se com a conclusão do processo.
“Ao fim de mais de 10 anos de um processo complicado (com várias administrações no grupo, inúmeras reuniões diretas ou no Ministério do Trabalho, avanços e recuos de posições ou as limitações da ‘troika’ e dos Orçamentos de Estado) foi possível que a justa reivindicação dos trabalhadores da AdP de serem abrangidos pela contratação coletiva se tenha tornado uma realidade”, lê-se num comunicado do SINDEL.
O SINDEL lembra que o acordo de princípio carece ainda da concordância dos reguladores e tutelas, mas diz acreditar que estas entidades “não colocarão em causa a vontade negocial das partes”.
O resultado líquido da AdP subiu 25% no ano passado, face a 2016, para 88,6 milhões de euros, segundo anunciou a empresa em maio.
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