A indústria do açúcar terá tentado esconder os efeitos do seu produto para a saúde dos consumidores. Um estudo da Universidade da Califórnia em São Francisco analisou documentos relativos a um estudo realizado em 1968 pela Universidade de Birmingham, financiado pela International Sugar Research Foundation (ISRF), associado a um grupo de empresas do sector.
Nesses documentos, ficava claro que quando os resultados encontrados pela Universidade de Birmingham que o consumo de açúcar acarretava riscos para a saúde cardíaca dos consumidores e aumentava a probabilidade contraírem cancro na bexiga, a ISRF ‘fechou a torneira’ do seu financiamento.
Se o estudo da Universidade de Birmingham (denominado “Project 259”) “tivesse sido completado e publicado”, diz Stanton Glantz, um dos autores do estudo da Universidade da Califórnia, “teria feito avançar a discussão científica geral sobre a ligação entre o açúcar e as doenças cardíacas”. Ao cortarem o financiamento ao “Project 259” “eles impediram que isso acontecesse”. À radio pública americana NPR, Glantz afirmou que “o que a indústria do açúcar conseguiu fazer foi passar a culpa para as gorduras”.
Em declarações reproduzidas pelo site americano The Verge, a Sugar Association, sucessora da ISRF, declarou que o “Project 259” terminou porque estava “significativamente atrasado” e o seu orçamento havia sido “consequentemente ultrapassado”, e que “ao longo da sua história, a Sugar Foundation tem abraçado a peinvestigação científica e a inovação numa tentativa de aprender tanto quanto possível acerca do açúcar, dieta e saúde”.
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