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Alerta de “engodo” com filtros de água

Uma empresa municipal de Gaia enviou alertas aos consumidores contra técnicas de venda de filtros de água. As marcas dizem aos futuros clientes que a água da rede pública é de má qualidade.
29 Novembro 2016, 11h15

A empresa Águas de Gaia anexou à fatura de água dos consumidores um aviso: “são realizadas experiências que alteram o estado químico dos elementos constituintes da água”. A firma do Norte refere-se a “abordagens realizadas pelas empresas comerciais de purificadores de água” que dão a entender que a água canalizada é de má qualidade.

A firma municipal em questão sublinha que isso “é absolutamente falso”, avança o “Jornal de Notícias”, na edição desta terça-feira. “Induzem os consumidores a acreditar que a água distribuída na rede pública é de má qualidade e tem potenciais impactos negativos na saúde”, indica o alerta. Segundo explicou ao JN Miguel Lemos, da administração da Águas de Gaia, a Entidade Reguladora já foi notificada sobre estas práticas comerciais.

“Podem custar dois mil euros e é proposto o pagamento por prestações”, realça Graça Cabral, da Deco. O diário escreve que as empresas entram em contacto com as pessoas, presencialmente ou por telefone, e dizem que a visita se deve a estudos.

As reclamações alastram-se a todo o país e há vários anos que as entidades reguladoras, como a Deco e a Associação Portuguesa de Drenagem de Águas, falam em “engodos dos filtros de água”. Só este ano a Deco já lançou dois alertas, um em Coimbra e outro em Santarém, relacionados com as vendas de filtros de água e com o modo de funcionamento das empresas que os comercializam.

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