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Ana Gomes: “Portugal continua a ser uma lavandaria de Angola”

A eurodeputada socialista diz, em entrevista à TSF, que a transferência do processo de Manuel Vicente para Angola “foi fabricada”. Sobre a OPA chinesa à EDP afirma que “é um esquema completamente opaco” e que o ministro-adjunto Pedro Siza Vieira tem um conflito de interesses.
Cristina Bernardo
24 Maio 2018, 08h53

Ana Gomes discorda da decisão do Tribunal da Relação de enviar para Angola o processo do ex-vice-presidente angolano, Manuel Vicente, e sublinha que o caso indica que o poder judicial agiu em função da conveniência política.

Em entrevista à rádio TSF, a eurodeputada socialista afirma que “a argumentação do acórdão da relação é penosa de ler” e que “foi sonegada à opinião pública uma coisa muito importante: Manuel Vicente tem nacionalidade portuguesa”.

Ana Gomes acredita que a decisão do Tribunal foi “fabricada à medida do que é conveniente e com o objetivo de fazer desaparecer o irritante,” numa alusão ao termo que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, usou para classificar o processo.

A eurodeputada afirma que “Portugal continua a ser uma lavandaria de Angola, num esquema de branqueamento de capitais”.

Sobre a OPA chinesa à EDP, a eurodeputada afirma que “é um esquema completamente opaco” e que o ministro-adjunto Pedro Siza Vieira tem um conflito de interesses.

 

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