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Arábia Saudita é o primeiro país do mundo a dar cidadania a um robô

A nova cidadã saudita chama-se Sophia. “É histórico ser o primeiro robô do mundo a quem é reconhecida a cidadania”, afirma a máquina que se tornou alguém.
27 Outubro 2017, 11h33

A Arábia Saudita tornou-se no primeiro país do mundo a dar cidadania a um robô. A nova cidadã saudita chama-se Sophia e apareceu em público pela primeira vez, na capital do país, Riade. O impacto que causou ao surgir num evento organizado pelo Fundo Público de Investimento saudita levou a que a Arábia Saudita lhe atribuísse a categoria de cidadã local.

“É histórico ser o primeiro robô do mundo a quem é reconhecida a cidadania”, disse a robô, de acordo com uma mensagem divulgada no Twitter do Centro para a Comunicação Internacional. A Sophia, que foi criada pela empresa de Hong Kong Hanson Robotics, dirigiu-se aos presentes na sua primeira aparição pública dizendo que se sentia “muito honrada e orgulhosa por esta distinção única”.

Depois deste discurso, a robô começou a ser criticada nas redes sociais por não estar a utilizar o habitual lenço e a abaya (manto tradicional) que costumam vestir as mulheres sauditas, gerando ondas de contestação por alegada diferença de tratamento.

Na terça-feira, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, anunciou a construção de uma nova cidade na região norte do país, onde se espera que deva albergar mais robôs que humanos. De nome Neom, constituirá uma zona económica especial, livre da estrutura governamental saudita, exceto no que respeita à soberania.

O projeto foca-se em nove áreas de investimento, incluindo energia, água, biotecnologia e robótica. A construção de Neom encaixa nos planos do jovem príncipe para libertar o país da dependência do petróleo, que se iniciam com a oferta pública de 5% da petrolífera estatal, a Saudi Aramco, em 2018.

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