Só o ano passado foram apreendidas pelas autoridades 4.853 armas de fogo. Contas feitas, foram cerca de 13 unidades por dia. A preocupar as autoridades policiais europeias está a proliferação de armas de alarme de fabrico turco, adaptadas para o calibre 9mm, que têm vindo a ser muito procuradas pelas organizações criminosas e que são consideradas “extremamente perigosas”.
Segundo avança o ‘Jornal de Notícias’, os números de apreensões na área da PSP quase duplicaram de 2015 para o ano passado. Em 2014 foram confiscadas 1.421 armas, no ano seguinte 1.697 e no ano passado 2.833, de acordo com fonte da Direção Nacional da PSP, que salienta que “estes valores não refletem a totalidade das armas de fogo apreendidas, pois dentro da classe A há outras armas proibidas que não as de fogo”.
O aumento das vendas de armas de alarme turcas no mercado negro está a assustar as autoridades, sendo que em vários países, como a Espanha, a venda é livre, o que faz com que estes facilmente cheguem a Portugal.
O intendente Pedro Moura, responsável pela seção de Departamento de Armas e Explosivos (DAE) da PSP, sublinha que “em Portugal, assim como no resto da Europa, têm sido intensificadas as ações de controlo” e “com bons resultados, como se vê nas estatísticas, em que o número de crimes com armas de fogo tem baixado sistematicamente”.
“Como tal, as redes criminosas usam armas desativadas que conseguem colocar de novo em funcionamento (e que terão sido utilizados nos dois grandes ataques terroristas de Paris) e as pistolas de alarme”, afirma o intendente Pedro Moura.
Para apertar o cerco às vendas de armas, vários países estão a preparar nova legislação para limitar a proliferação de armas no mercado.
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