“Contra os que pretendem só para si uma praia que é de todos”. É como define ao Público um dos populares que assistiu à revolta na Praia da Comporta. De acordo com o jornal, a população arrancou sete marcos do local onde tinham sido postos inicialmente, entre o Pego e a Comporta, e puseram-nos na areia, à volta da cabana onde Ricardo Salgado, a sua família e amigos descansavam.
A Herdade da Comporta era o retiro da família Espírito Santo e foi posta à venda assim que o grupo abriu falência. O espaço tem 12.500 hectares e, no passado mês de julho, o empresário Pedro Almeida comprou mais de metade (59%) do fundo de investimento da Herdade da Comporta. Os protestantes consideram que a empresa se está a apropriar de um espaço que vêem como público e quiseram ‘prejudicar’ o autor moral da apropriação.
Recentemente, a empresa Herdade da Comporta pôs marcos a circunscrever o que acredita fazer parte da sua propriedade e que compreende um areal com quase dez quilómetros em Domínio Público Marítimo – a faixa em terra da zona costeira que é propriedade inalienável do Estado e que os privados só podem dispor do direito de utilização ou exploração dessa área, e nunca da sua propriedade.
Segundo o mesmo matutino, os responsáveis da Câmara de Grândola sempre revelaram contemporização em relação às ações da Herdade da Comporta, do Grupo Espírito Santo e detida pela holding Rioforte, mas não assumiram uma posição pública sobre a colocação dos marcos pela empresa.
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