[weglot_switcher]

Cabo Verde preside Conselho regional africano de Investigação agrícola

Cabo Verde assume, pela primeira vez, a presidência do Conselho Oeste e Centro Africano para a Investigação e Desenvolvimento da Agricultura (CORAF). O cargo vai ser ocupado pela engenheira Angela Moreno, na qualidade de presidente do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento Agrário (INIDA).
17 Abril 2018, 12h13

A eleição aconteceu durante a 12ª Assembleia Geral do CORAF, que decorreu de 10 a 12 de Abril em Dacar, Senegal. Para o ministro da Agricultura e Ambiente, uma das vantagens que Cabo Verde poderá tirar da presidência do CORAF é o facto de passar a ter “muito mais acesso” a informações relativas ao financiamento e à realização dos projectos e programas que têm a ver com esta instituição.

Com Cabo Verde na presidência do CORAF, prossegue Gilberto Silva, os técnicos nacionais terão “mais facilidades” em se associarem aos programas de investigação e formação.

A mesma opinião tem a nova presidente do Conselho Oeste e Centro Africano para a Investigação e Desenvolvimento da Agricultura, Ângela Moreno, que, conforme fez saber, o foco do seu mandato vai no sentido de investigação para o desenvolvimento agrário em toda a África Ocidental e Central.

Segundo Gilberto Silva, que representou Cabo Verde na Assembleia Geral do CORAF, durante a Assembleia Geral, foram adoptados instrumentos “muito importantes”, nomeadamente o plano estratégico de investigação no horizonte de dez anos e o plano de acção no horizonte de cinco anos.

De acordo com o governante, além de “maior pragmatismo” e efectividade no trabalho do CORAF, o país defendeu “maior partilha” dos resultados de investigação, assim como uma atenção à problemática das mudanças climáticas e à resiliência do sector, com destaque para as realidades dos estados insulares, como o caso de Cabo Verde.

Revelou, por outro lado, que a delegação cabo-verdiana advogou ainda um “maior suporte financeiro” para os projectos de investigação e desenvolvimento.

Destacou ainda o facto de, em 30 anos de existência, a presidência do conselho de administração do CORAF ser assumida por uma mulher, na circunstância a presidente do INIDA.

“Isto é prestigiante para o INIDA, para o nosso país e orgulha-nos bastante”, indicou Gilberto Silva, acrescentando que Ângela Moreno terá o suporte necessário do Governo, em ordem a fazer um “excelente mandato” durante os três anos em que vai dirigir os destinos do CORAF, juntamente com os demais membros do conselho de administração.

O CORAF é uma comunidade de instituições de investigação e desenvolvimento agrário e agrega instituições de 23 países africanos. Tem parcerias científicas e técnicas de instituições de reputação mundial, como a CIRAC (Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.