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“Caso dos mails”: Benfica quer indemnização de 50 milhões de euros do FC Porto

A ação do Benfica visa não só o clube, mas também o seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, os administradores Adelino Caldeira e Fernando Gomes, mas também o diretor de comunicação, Francisco José Marques.
25 Abril 2018, 10h22

O Sport Lisboa e Benfica deu entrada com uma ação judicial contra o FC Porto onde reclama uma indemnização de 17,7 milhões de euros, no âmbito do chamado “Caso dos mails”, mas o jornal “A Bola” noticia que estão mais ações em preparação, cujo valor global pode ultrapassar os 50 milhões de euros.

A ação judicial intentada pelo Benfica já deu entrada no Tribunal Cível do Porto e decorre da decisão do Tribunal da Relação do Porto em dar provimento à providência cautelar e proibir a divulgação de mais mensagens de correio eletrónico do Benfica por elementos do FC Porto.

A ação do Benfica visa não só o clube, mas também o seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, os administradores Adelino Caldeira e Fernando Gomes, mas também o diretor de comunicação, Francisco José Marques.

Nesta primeira ação, o Benfica pretende receber do FC Porto uma indemnização de 17,7 milhões de euros, na sequência da divulgação de “e-mails” do clube, invocando diversos tipos de danos.

Tribunal proibe falar nos mails

O Tribunal da Relação do Porto deu razão ao Benfica, a 21 de fevereiro, em virtude do procedimento cautelar colocado pelo clube da Luz e que proíbe o FC Porto de divulgar “e-mails” dos “encarnados”.

Por decisão do tribunal, o Porto e o seu diretor de comunicação, Francisco J. Marques, não podem falar mais sobre o “caso dos e-mails”, sob pena de sofrerem uma multa de 200 mil euros, por cada violação, como noticiou o “Jornal de Notícias”.

Este caso já deu origem a uma investigação sobre suspeitas de corrupção. Em outubro de 2017, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) confirmou a investigação a um suspeito pelos crimes de corrupção passiva e ativa, por parte da nona secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, no referido “caso dos emails” do Benfica.

A investigação levou, em 19 de outubro, a buscas nas instalações do Benfica, na sequência de denuncias do diretor de comunicação do FC Porto que acusou os “encarnados” de influenciarem o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis do clube da Luz, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.

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