A líder do Bloco de Esquerda admitiu em entrevista ao Jornal Expresso que o acordo com PS e PCP, que sustentou o Governo no Parlamento, não se repete porque foi criado num contexto muito especial e admite mesmo que só se formou a “coligação” para impedir que a direita fosse para o poder e para impedir que o PS governasse à direita.
Catarina Martins admite assim que um acordo parlamentar como aconteceu em 2015 – que serviu para impedir que Pedro Passos Coelho, que venceu as eleições legislativas, tomasse posse como primeiro-ministro – não vai voltar a repetir-se.
O Bloco de Esquerda admite também ir para o Governo e diz que a “esquerda está na moda”. Catarina Martins diz ainda que “maioria absoluta do PS seria um retrocesso”.
O Bloco de Esquerda pede 440 milhões de euros para desdobrar já IRS. O Jornal Económico avançou em primeira-mão que para o Orçamento de Estado de 2018 está previsto fasear o alívio do IRS em dois anos. No próximo ano, será aumentado o patamar mínimo para a isenção de IRS e desdobrado o segundo escalão de rendimentos, originando um novo escalão que terá uma taxa pouco mais baixa que os atuais 28,5%, mas com a promessa já inscrita no OE/18 de que no ano seguinte a taxa chegará aos 24%.
Segundo avançou o Jornal Económico na edição de sexta-feira, o que está a ser negociado com os partidos de esquerda que apoiam o Governo no Parlamento passa pelo desdobramento do segundo escalão de rendimentos que variam entre os 7.091 e os 20.261 euros com uma taxa marginal de 28,5%. O objectivo passa, assim, por criar já no próximo ano um novo escalão, em que a parte inferior do atual segundo escalão será tributada por uma taxa pouco inferior à actual, entre 27% e 27,5%. Mas com a promessa inscrita no OE/18 de que a nova taxa a criar para o patamar inferior desse universo de contribuintes será mais baixa em 2019.
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