O líder da Coreia do Norte considera a desnuclearização do país uma hipótese e está disposto a iniciar um diálogo com os Estados Unidos nesse sentido, segundo informações divulgadas após uma viagem de Kim Jong Un à China.
Kim Jong Un fez esta semana a sua primeira viagem conhecida ao exterior desde que assumiu o poder, no final de 2011, visitando Pequim durante três dias.
No encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, terão sido discutidos os laços bilaterais e as tensões na península coreana, segundo noticiou a comunicação social estatal chinesa esta quarta-feira.
Representantes sul-coreanos que se encontraram com Kim em Pyongyang no começo do mês tinham referido que este parecia estar comprometido com a desnuclearização e que havia expressado sua vontade de encontrar o presidente dos EUA, Donald Trump, o mais rapidamente possível.
No entanto, os primeiros relatos da comunicação social estatal norte-coreana sobre a visita não mencionaram a questão nuclear.
Os analistas continuam céticos e acreditam que Kim não irá desistir do arsenal nuclear que ele e a sua família passaram décadas a desenvolver. Defendem ainda que ele provavelmente procurará uma abordagem mais subtil e de longo prazo.
“Kim Jong Un não precisa vender nada à população norte-coreana, particularmente porque a desnuclearização é um processo que levará pelo menos 10 anos para ser alcançado de forma realista”, disse o especialista em liderança norte-coreana na Universidade Johns Hopkins, Michael Madden.
A viagem de Kim Jong Un surge antes dos encontros planeados com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e com Donald Trump.
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