O Governo afirmou que desconhece a existência de qualquer penhora das obras de arte da Coleção Berardo em resultado do alegado incumprimento do colecionador de um crédito concedido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), pelo BCP e Novo Banco e utilizado para comprar valores mobiliários.
Na altura da renovação do acordo, no ano passado, o Governo não teve conhecimento de qualquer penhora, garantiu fonte do gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, à agência Lusa.
O ministério da Cultura recordou à agência noticiosa que “o Governo, executando o seu programa, renovou, em novembro de 2016, o comodato da Coleção Berardo, dado o interesse de fruição pública da referida Coleção, não tendo conhecimento à data dessa renovação, tal como à data de hoje, da existência de qualquer penhora”.
A coleção Berardo encontra-se instalada há dez anos no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e o ministério da Cultura sublinhou que “reitera a importância do comodato, assinado inicialmente em 2006, que garante a fruição da Coleção Berardo pelo público, nacional e internacional”.
Esta quarta-feira, o jornal Público noticiou que a CGD, o BCP e o Novo Banco deram ordem de execução à coleção Berardo, numa penhora sobre 75% do conjunto, devido ao incumprimento por parte de Joe Berardo. Segundo noticia o matutino, o investidor tem uma dívida de cerca de 500 milhões de euros, concedidos em 2007 para comprar valores mobiliários.
Contudo, o Público ressalvava que para a ordem ser executada é necessário que o tribunal estabeleça uma relação de propriedade entre a Associação da Fundação Berardo e as obras de arte da Colecção de Arte Moderna do CCB.
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