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Consumo do “comprimido da inteligência” aumentou mais de 77% em quatro anos

Especialistas preocupados com as consequências para a saúde pública da medicação que combate défice de atenção.
25 Fevereiro 2017, 12h56

Entre 2011 e 2015 aumentou mais de 77% o consumo de metilfenidato pelas crianças portuguesas, a substância mais conhecida por Ritalina. Um estudo do Infarmed, a que a RTP teve acesso, mostra que o consumo deste medicamento é agora de 7 milhões de comprimidos por dia.

A banalização do uso de metilfenidato, indicado para tratamento de problemas de concentração, hiperactividade e deficit de atenção infantil (PHDA), está a preocupar psiquiatras e psicólogos. Isto porque o medicamento tem estado a ser usado para melhorar os resultados escolares das crianças. Há até quem já lhe chame o “comprimido da inteligência”.

“É um número monstruoso. Portugal tem 10 milhões de habitantes. E estamos a falar de crianças. E num período em que o número de crianças em Portugal até é mais reduzido do que seria desejável e do que era tradicional”, alerta o responsável pelo Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro Carvalho, citado pelo canal público.

Quase 30% dos consumidores de Ritalina são crianças até aos 9 anos. A utilização por adultos é marginal: 7%.

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